CryptoTimes

5 perguntas a se fazer antes de investir em um projeto de blockchain

29 fev 2020, 13:00 - atualizado em 27 fev 2020, 13:40
Mais especificamente, quais informações sobre um projeto são úteis ou não? (Imagem: Freepik/macrovector)

Atualmente, existem mais de cinco mil criptoativos em circulação, de acordo com a CoinMarketCap.

Embora saibamos o básico quando o assunto são grandes projetos, como Bitcoin (BTC) e Ethereum (ETH), a tentativa de tomar uma boa decisão de investimento sobre alguns projetos menores pode gerar confusão.

Mais especificamente, quais informações sobre um projeto são úteis ou não?

Dado que blockchain é uma tecnologia tão nova, além do fato de que está disponível para o público geral (e acessível a investidores não qualificados ou menos sofisticados), informações falsas ou enganosas podem ser como um campo minado, sem mencionar o fato de que alguns projetos podem ser golpes.

Então como saber o que pesquisar antes de decidir investir ou não? Neste artigo, identificamos cinco perguntas importantes que você precisa se fazer durante suas pesquisas sobre um possível investimento cripto.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Um propósito real para o projeto o torna bem mais atrativo para investidores e empresas parceiras (Imagem: Freepik)

1. O projeto promete resolver algum problema do mundo real?

Muitas criptomoedas por aí são apenas protocolos de transferência de valor que não oferecem nada além do que bitcoin ou litecoin (LTC) já oferecem. Também existem aquelas empresas que tentam capitalizar na febre do blockchain sem qualquer justificativa precisa de adesão da tecnologia.

É importante você se lembrar de quais problemas o blockchain realmente planeja solucionar e se certificar se um projeto específico pode fornecer uma solução ao mundo real.

Se o projeto pode solucionar um problema usando a tecnologia de registro distribuído (DLT, na sigla em inglês) que antes não possuía solução, então é possível que esse projeto seja de alta demanda quando estiver pronto e for ao ar. Isso torna o investimento mais atrativo.

Quanto mais transparente a equipe do projeto for e divulgar todas as etapas de desenvolvimento, mais confiável é o projeto (Imagem: Freepik/macrovector)

2. Já possui um produto funcional?

A maioria dos projetos iniciais de blockchain — especialmente aqueles que realizaram ICOs que forneciam tokens negociáveis aos investidores em troca de capital financeiro para futuro desenvolvimento — pretende lançar um produto ou um serviço daqui a alguns meses ou até anos.

Muito pode acontecer durante esse período (tanto coisas boas como ruins), ou seja, existe muita incerteza e, portanto, muito risco até a conclusão.

Claramente, se o projeto já tem um produto funcional ou estão quase completando as fases alfa e/ou beta de desenvolvimento, deve fornecer mais garantia de sua legitimidade atual e de seu futuro sucesso.

É bem útil que os fundadores apresentem evidências de que a plataforma já está sendo usada de acordo com o previsto.

A equipe precisa ser compostas de pessoas que já possuam experiência na área de tecnologia e/ou desenvolvimento para dar legitimidade ao projeto (Imagem: Freepik)

3. Quem são os membros da equipe?

Existem indícios de que a equipe possui profissionais de tecnologia competentes e de ampla experiência? Uma equipe com experiência comprovada em desenvolvimento de blockchain deve ser o mínimo.

Também é importante haver investimento em marketing, pois demonstra a seriedade do projeto sobre a construção de uma marca a longo prazo e sobre a formação de parcerias.

A equipe também precisa ter grande presença nas redes sociais. Perfis no LinkedIn que detalham experiências prévias relacionadas ao projeto atual, além de perfis no Facebook e no Twitter, devem estar disponíveis e serem verificados.

Os membros seniores já trabalharam em grandes empresas tradicionais de tecnologia? São bem conhecidos em suas respectivas indústrias?

É claro que isso também se aplica à equipe: são usuários ativos em plataformas como Telegram, BitcoinTalk e Facebook? Isso ajuda a destacar a transparência do projeto.

O fornecimento de atualizações recorrentes sobre o desenvolvimento do projeto e parcerias formadas também são um ponto positivo para a comunidade. Tudo isso é importante para fomentar a reputação e o profissionalismo da equipe.

Além disso, também é importante verificar qual o número de seguidores em plataformas como Telegram, Reddit e Twitter.

Parcerias iniciais podem ajudar no futuro desenvolvimento de ambas as empresas além de deixar claro aos investidores que há seriedade no projeto (Imagem: Freepik/macrovector_official)

4. Já formaram parcerias?

Se um novo projeto demonstra seriedade sobre seu desenvolvimento, vai buscar por parcerias com empresas mais bem-estabelecidas.

Talvez a parceria seja uma futura usuária da plataforma de blockchain ou ambas as partes se unam para realizar pesquisas sobre um aspecto específico da tecnologia.

Por um lado, conseguir mostrar aos investidores que grandes nomes do mercado tradicional estão interessados no projeto com certeza ajuda a impulsionar seu futuro potencial.

Por outro lado, um projeto sem parcerias após meses/anos de desenvolvimento não causará uma boa impressão.

“Escassez” significa que a rede bitcoin, por exemplo, foi programada para que não existam mais de 21 milhões de BTC em circulação (fornecimento total), a fim de tornar a rede mais segura e acrescentar valor ao ativo (que, tecnicamente, não precisaria ser escasso por ser digital) (Imagem: Freekpik/macrovector)

5. Qual é o fornecimento de tokens do ativo?

Por que o preço do bitcoin conseguiu atingir milhares de dólares enquanto ripple (XRP) só conseguiu, no máximo, alguns dólares?

A resposta está na quantidade de tokens emitidos por cada projeto: existem cerca de 18,2 milhões de bitcoins em circulação enquanto existem 43 bilhões de tokens de ripple.

Além disso, tanto o fornecimento atual em circulação como o fornecimento total são fatores importantes para determinar a escassez relativa do token que, por sua vez, vai determinar quanto o preço pode valorizar no futuro.