Carnaval

5 notícias para voltar do Carnaval sabendo o que rolou

01 mar 2017, 11:59 - atualizado em 05 nov 2017, 14:07

Os mercados financeiros viveram dois dias de apreensão sobre um discurso de Donald Trump ontem à noite no Congresso americano. A fala do presidente acrescentou pouco quanto aos detalhes de seus projetos. Apesar disso, Trump chegou até a ser bem visto por sua postura mais “presidencial” desta vez. Veja abaixo 5 notícias que você precisa saber ao voltar do Carnaval e outras 5 não ligadas ao mercado que também merecem ser lidas:

1 – Ações brasileiras em NY – O índice de ações brasileiras negociadas em Nova York “Dow Jones Brazil Titans 20 ADR Index” terminou a terça-feira (28) em queda de 1,6% após ter subido 0,41% na véspera. O desempenho acompanhou a cautela dos investidores americanos antes de um importante discurso de Donald Trump e avaliando o desempenho do PIB abaixo do esperado. O índice Dow Jones recuou -0,12%, o S&P 500 -0,26% e o Nasdaq -0,62%. Os ativos da CSN, Gerdau e Vale estiveram entre as maiores baixas.

Empresa Variação (%)
Petrobras -1,37
Petrobras (PN) -1,78
Vale -2,5
Gerdau -3,55
Itaú Unibanco -1,04
Bradesco -1,49
Santander -1,44
CSN -3,94
BRF -1,14
Ultrapar -1,05
Sabesp -0,75
Pão de Açúcar -2,48
Gafisa -4,11
Fibria -1,04
Copel -0,73
Ambev -0,87
Telefônica Brasil -2,70
Tim Participações -1,84
Embraer -0,73
Cemig -0,60

Veja o que esperar para o restante da semana

1.1 – Reforma da Previdência – A Reforma da Previdência, como esperado, terá uma batalha difícil para prosseguir na Câmara dos Deputados. Segundo uma pesquisa feita pela Folha de S.Paulo metade dos participantes da comissão que analisa a proposta enviada pelo governo federal é contra a exigência de idade mínima de 65 anos para a aposentadoria.

1.2 – Petrobras e Total – Petrobras e a Total anunciaram hoje (1) uma parceria nas áreas de exploração e refino de petróleo. Segundo o comunicado enviado ao mercado, a francesa irá pagar à estatal o valor de US$ 2,225 bilhões, sendo US$ 1,675 bilhão à vista.

1.3 – Janot e Aécio – O presidente do PSDB e senador Aécio Neves foi convocado a depor sobre um inquérito que investiga um suposto esquema de corrupção em Furnas, afirma o Estadão nesta quarta-feira (1). Além dele, o ex-ministro José Dirceu, o ex-senador e delator Delcídio Amaral e o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira também foram indicados.

2 – Revisão do PIB americano – A primeira revisão do PIB dos Estados Unidos no quarto trimestre de 2016 veio inalterado em 1,9%, enquanto o mercado esperava um número de 2,1%. A surpresa positiva, contudo, veio da forte aceleração dos gastos dos consumidores, que cresceram 3% (ante os 2,6% esperados). Este efeito, contudo, foi compensado pelos menores gastos dos governos locais e regionais.

3 – Discurso de Donald Trump – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, falou na terça-feira (28) durante aproximadamente uma hora em seu primeiro discurso ao Congresso do país desde que foi eleito. Trump, ao contrário do que se esperava, não forneceu muitos detalhes sobre os seus planos de infraestrutura, segurança ou protecionismo. E não revelou, também, como pretende financiar tais projetos.

4 – Repercussão sobre Trump – “O presidente dos Estados Unidos apresentou sua visão da América ontem à noite, que incluiu bastante enrolação e nenhuma substância que pudesse ser prontamente discernida. A falta de detalhes pode começar a preocupar os investidores”, avalia o economista global do UBS Paul Donovan. “Trump insinuou que criará milhões de empregos ao expulsar milhões de imigrantes. Quem exatamente vai preencher esses empregos, com os EUA no pleno emprego, não foi especificado”, questiona o UBS.

“É difícil dar atenção ao discurso de Trump sobre o péssimo estado da economia, em vista aos diversos indicadores econômicos dizendo o exato oposto todos os dias, portanto, o alvo continua a ser o Fed e os indicadores de atividade, principalmente os do mercado de trabalho”, avalia o economista-chefe da Infinity Asset, Jason Vieira.               

5 – Padilha passa bem – O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, está se recuperando adequadamente da cirurgia de próstata feita ontem (27), e, de acordo com o Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre, tem o quadro estável. A previsão é de que Padilha retorne ao trabalho na próxima segunda-feira (6). 

Continuando…

6 – Carta anual de Buffett –  Alguns detalhes de sua carta anual para os acionistas da Berkshire Hathaway, divulgada no sábado, mostram o porquê de Warren Buffett ser visto como um mito do mundo das finanças. O Money Times separou 5 deles que reforçam o perfil simples e inteligente deste bilionário de 86 anos e um dos homens mais ricos do mundo. 

7 – Recomendações para março – A equipe de análise da corretora do Citi no Brasil alterou as carteiras recomendadas e Top 5 para a Bolsa em março, mostra um relatório enviado a clientes. O portfólio “top picks” de março, com 10 sugestões, foi atualizado com a saída das ações da Suzano para dar espaço para os papéis da Localiza. Já na lista Top 5, os ativos da Raia Drogasil foram excluídos e os da Gerdau incluídos. A carteira dividendos não foi alterada.

8 – Lemann e o curto prazo – O empresário Jorge Paulo Lemann, sócio do grupo 3G Capital e o homem mais rico do Brasil, fala em um vídeo inédito sobre alguns dos ensinamentos mais importantes que descobriu ao longo de sua brilhante trajetória. “A minha maior falha foi, no início da minha carreira, quando eu tinha uma visão muito de curto prazo e sempre muito aflito em ter resultados imediatamente, ou no mês seguinte”, afirma ele em entrevista para o canal Patrícia Meirelles TV.

9 – Fnac desiste do Brasil –  O grupo francês Fnac Darty anunciou a sua saída do Brasil durante a apresentação dos resultados feita hoje.  Segundo consta no balanço, “a subsidiária brasileira foi classificada como operação descontinuada (IFRS 5), uma vez que o Grupo iniciou um processo de busca de parceiros ativos que pode levar à saída do país”. A FNAC tinha 12 lojas no Brasil ao final de 2016.

10 – Efeito Dilma – O legado do governo Dilma Rousseff ceifou 7,4% do PIB real do Brasil nos últimos sete trimestres e levou o país para uma taxa de desemprego de 12%, ressalta o canadense Scotia Bank em um relatório publicado nesta segunda-feira (27) e assinado pelo economista Pablo F.G. Bréard.