Economia

5 indícios de que Lula quer Haddad no Ministério da Economia

29 nov 2022, 15:55 - atualizado em 29 nov 2022, 15:58
Lula e Haddad durante campanha eleitoral
Haddad nega ter recebido qualquer convite para assumir o ministério e Lula faz “boca-de-siri” sobre o assunto. (Imagem: Divulgação/PT)

O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ainda não confirmou a lista de ministros que irão compor o seu governo. O nome mais esperado é de quem assume o Ministério da Economia; e as apostas indicam que será Fernando Haddad.

O ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo não agrada o mercado, por sinalizar que o novo governo não terá responsabilidade fiscal. A preferência era por um nome mais técnico, como de algum economista, ou de ex-ministro da pasta, como Henrique Meirelles.

Haddad nega ter recebido qualquer convite para assumir o ministério e Lula faz “boca-de-siri”, pelo menos até dezembro, quando ele deve começar a divulgar os primeiros escolhidos.

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Veja os sinais que indicam de Haddad é o ministro da Economia de Lula

1. Ministério disputado a tapa

Algumas pastas são mais cobiçadas do que outras, seja por sua importância em relação ao governo ou pelo tamanho do orçamento que costumam receber.

O Ministério da Economia – que deve ser rebatizado para Fazenda – é considerado o braço direito dos presidentes, por isso o PT quer alguém do partido na liderança.

2. Sucessor em 2026

Lula pode estar preparando Haddad para ser o seu sucessor como candidato do PT. Com 77 anos, o presidente eleito segue para o seu terceiro mandato e já afirmou que não vai tentar a reeleição daqui a quatro anos.

Haddad chegou a substituir Lula nas eleições de 2018, quando ele foi barrado pela Lei da Ficha Limpa. Como ministro da Economia, ele estaria em um cargo de destaque e de grande visibilidade.

3. COP27

Lula fez questão da presença de Haddad na sua viagem para a COP27, a 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas. Durante o evento, o ex-ministro esteve presente em encontros com líderes de outros países.

4. Representante oficial em eventos econômicos

Na semana passada, Haddad representou Lula no tradicional almoço anual da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). O presidente eleito estava se recuperando de uma cirurgia para retirar uma lesão na garganta.

A participação de Haddad no encontro foi considerada como um teste de como ele seria recebido pelo mercado. Ele não passou no teste: no dia, dólar e juros futuros dispararam em razão da ausência de detalhamento da questão fiscal e o que foi visto como falta de alinhamento com o mercado.

5. Grupo de transição

Ontem, Haddad passou a acompanhar o grupo técnico da economia, na transição de governo. Esse movimento está sendo visto como uma preparação para ele assumir o cargo em janeiro.

Mais uma vez, Lula fez questão da presença de Haddad em Brasília, e ainda pediu para que o ex-ministro se reunisse com o grupo econômico, formado por Nelson Barbosa, Guilherme Mello, Persio Arida e André Lara Resende.

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