5 BDRs para deixar duelo Lula vs. Campos Neto de lado e ganhar com cenário gringo
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, é o alvo do momento do presidente Lula (PT). O chefe do Executivo brasileiro chegou a chamar de “vergonha” a última decisão do Copom, que manteve a Selic em 13,75%, pontuando que não há motivo para que a taxa de juros esteja nesse patamar.
O discurso inflamado do presidente, inclusive, trouxe à pauta a discussão sobre a autonomia do Banco Central brasileiro. Por consequência, a possibilidade de ingerência política no BC, aliado à agenda expansionista do governo, tem colocado maior carga de estresse sobre os mercados domésticos.
Enquanto a queda-de-braço entre governo e mercados continua deixando o investidor atordoado, oportunidades via BDRs vão surgindo no horizonte. Apreciação do dólar ante o real e a perspectiva de encerramento do ciclo de aperto pelo Federal Reserve em 2023 são fatores que podem tornar atrativos os recibos de ações de empresas listadas em outros países e que são negociados na B3.
Big Techs, consumo, saúde e energia no cardápio de fevereiro
As top 5 BDRs de fevereiro mostra um equilíbrio rigoroso entre os setores da economia norte-americana.
As baixas, em comparação com janeiro, ficaram por conta de Microsoft (MSFT34) e J.P Morgan (JPMC34). Tanto a big tech quanto o banco apresentaram resultados pouco convincentes no quarto trimestre de 2022 e perderam adesão entre os analistas.
Já o setor de tecnologia continua assumindo a dianteira do cardápio, com 13 indicações ao todo. A BDR da Apple (AAPL34), que havia se despedido temporariamente do topo das indicações no mês passado, volta a dar as caras, com seis instituições financeiras dando sinal verde para compra do papel.
A aposta na fabricante do iPhone ganha força a partir da penetração da companhia no mercado chinês, que se encontra em processo de reabertura.
Na visão do BTG Pactual, a Apple está bem-posicionada para recolher ganhos com o reaquecimento do consumo doméstico na China, já que conta “com uma exposição à economia chinesa que corresponde a 17% da receita líquida”.
O banco ainda cita o fato da empresa ter sido a única, entre as big techs, que não anunciou programa de corte de vagas.
A Chevron (CHVX34), nome presente na lista de preferidas de ninguém menos que Warren Buffett, também volta à lista das recomendações. Após conseguir obter o lucro recorde de US$ 35,5 bilhões ao longo de 2022, a segunda maior petroleira dos EUA anunciou um ambicioso plano de recompra de ações de US$ 70 bilhões.
Confira as 5 BDRs mais indicadas para fevereiro
Empresa | Ticker | Setor | Indicações |
---|---|---|---|
Alphabet | GOGL34 | Tecnologia | 7 |
Chevron | CHVX34 | Energia | 7 |
Johnson & Johnson | JNJB34 | Saúde | 6 |
Apple | AAPL34 | Tecnologia | 6 |
Coca-Cola | COCA34 | Consumo Não Discricionário | 6 |
Levantamento
O levantamento do Money Times foi realizado com base em informações de carteiras recomendadas divulgadas por 14 instituições. Para este mês, foram indicados 52 ativos, somando 120 recomendações.
Participaram do levantamento: Ágora, BTG Pactual, Elite, Genial, Guide, Inter, MyCap, Órama, Santander, Safra, Terra, Vitreo e XP Investimentos e PagBank.