5 anúncios de curto prazo podem mudar visão sobre a Petrobras (para melhor)
A Petrobras (PETR3; PETR4) passa por uma mudança organizacional e de reposicionamento no mercado desde a entrada da nova gestão comandada por Pedro Parente. As trocas em diretorias e de foco já dão frutos e a empresa é vista atualmente como mais moderna e preparada para retomar o posto de gigante do setor. Até lá, contudo, a estatal ainda precisa se desfazer de alguns ativos e avançar com acordos que podem dar um fôlego adicional às ações já no curto prazo.
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A equipe do Citi esteve reunida nesta semana com a gestão da Petrobras e renovou a sua aposta de compra dos papéis da companhia.
“Mantemos nossa visão positiva sobre as ações dado o atrativo free cash flow yield de 14% e pela expansão para mais de 20% ao longo dos próximos três anos com a melhora na produção e na lucratividade. A Petrobras também deve alcançar mais de US$20 bilhões em vendas de ativos nos próximos 12 meses acelerando o processo de redução de alavancagem financeira”, explica o analista Pedro Medeiros.
O banco projeta cinco principais eventos de curto prazo que podem motivas as ações na Bolsa:
1 – Segundo o Citi, a aliança estratégica com a Statoil deve ser estabelecida ainda em 2017. “A parceria está em discussão por quase 12 meses. Esperamos que a parceria dispare vendas de ativos de produção maduros na bacia offshore de Campos juntamente com um plano de negócios para melhorar a produção e as taxas de recuperação das reservas”, diz Medeiros.
2 – O Citi ressaltou que a Petrobras avalia que os recursos não desenvolvidos em Sergipe são vistos como um potencial candidato a ser vendido. As recentes aquisições da ExxonMobil e da Murphy Oil na região poderiam desbloquear valor, argumenta Medeiros.
3 – A nova perfuração no campo Papa-Terra na bacia de Campos oferece risco de revisão para a cima na produção estimada 2018. “Novos locais de perfuração podem recuperar a produção, já que o conceito original teve desempenho decepcionante”, explica o Citi.
4 – Para o banco, a declaração de comercialidade de Libra deve permitir adições até o final do ano embora os termos do contrato de produção compartilhada reduzam o impacto. “Estimamos que a participação da Petrobras em Libra poderia adicionar próximo de US$0,8/ADR ao nosso NAV”, pontua o relatório.
5 – O prazo apertado para a reavaliação do contrato de transferência de direitos deve favorecer o valuation da Petrobras. O Citi afirma que a Petrobras reportou que o governo não estabeleceu a comissão que vai negociar o contrato com a companhia e que confirmou as expectativas de que as restrições da agenda a favorecem.
“Para o governo promover uma rodada de licenciamento que oferece acesso ao excesso de recursos em junho-julho de 2018, ele poderia acertar a reavaliação do contrato até dezembro-janeiro”, ressalta o Citi.