5 ações para lucrar com a alta do dólar, segundo o Santander
Diante da persistência da desvalorização do real frente ao dólar, os analistas já começam a se perguntar que empresas poderão ganhar com o novo cenário – e, portanto, que ações comprar. Um deles é Daniel Gewehr, que assina relatório do Santander sobre o assunto, divulgado nesta terça-feira (17).
Para determinar as empresas com maior potencial de ganhos, diante da alta do dólar, Gewehr realizou uma análise de sensibilidade, assumindo um impacto de 25% de depreciação cambial sobre a carteira que o Santander acompanha.
Para o exercício, o analista utilizou uma taxa de câmbio de R$ 4,10 por dólar, mas informa que a equipe de macroeconomia do Santander a está revisando.
“No agregado, vemos os setores de proteína, agronegócio, mineração e aço como os principais destaques expostos positivamente a uma forte desvalorização do real”, afirma. Mas, para ser ainda mais específico, o Santander se focou em cinco ações promissoras nesta situação.
Nomes
No setor de alimentos, as escolhidas são JBS (JBSS3) e Marfrig (MRFG3). Em mineração, o destaque é a Vale (VALE3). A Gerdau (GGBR4) é a dica no setor de aço, e a Cosan (CSAN3), a do agronegócio.
“Historicamente, gostamos de manter de 20% a 30% do portfólio em nomes relacionados a câmbio com valuation atrativo”, afirma o relatório. O banco reconhece, ainda, que as políticas de hedge podem atenuar o impacto cambial nos resultados e no fluxo de caixa de algumas companhias.
De qualquer modo, quando se desconsideram os instrumentos de hedge, o analista calcula que o Ibovespa pode sofrer um impacto de 17% no lucro líquido, e de 9,3% no ebitda para 2020, caso o real continue depreciado.
O último boletim Focus do Banco Central indica que o mercado já espera que o dólar feche o ano em R$ 4,35. Em janeiro, a expectativa era de R$ 4,09.