5 ações para começar 2025 buscando lucros com dividendos, segundo Ágora

Ágora Investimentos não realiza mudanças em sua carteira recomendada de dividendos para janeiro (Imagem: Getty Images)

A Ágora Investimentos não mexeu na composição de sua carteira recomendada para começar 2025. Para quem busca dividendos, os analistas seguem indicando Itaú (ITUB4), Telefônica Brasil (VIVT3), Gerdau (GGBR4), Cemig (CMIG4) e BB Seguridade (BBSE3).

A expectativa de retorno médio via dividendos da carteira é de 8,8% para 2025.

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Em dezembro, o portfólio da Ágora registrou queda de 2,4%, ficando acima do desempenho negativo de 3,7% do Ibovespa (IBOV) no mesmo período.

BB Seguridade

Recentemente, o conselho de administração da seguradora aprovou o pagamento de R$ 4,4 bilhões, referentes ao lucro acumulado no segundo semestre deste ano.

Os analistas pontuam que o montante se soma aos R$ 2,7 bilhões, pagos em agosto, totalizando R$ 7,1 bilhões distribuídos aos acionistas, referentes ao lucro líquido de 2024.

No comunicado, porém, o BB Seguridade destacou que os valores por ação e as datas-base e de pagamento serão informados apenas após a divulgação dos resultados de 2024, prevista para o dia 17 de fevereiro de 2025.

Cemig

Sobre Cemig, os analistas da Ágora destacam que, em novembro, a companhia divulgou um sólido resultado referente ao terceiro trimestre, indicando que seus fundamentos seguem sólidos.

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“A empresa também foi notificada que o estado de Minas Gerais entrou com projeto de lei que poderia abrir o caminho para a privatização da companhia. A visibilidade sobre a aprovação deste projeto é baixa, e, por enquanto, não incluímos premissas atualizadas sob um cenário de privatização em nosso modelo”, apontam.

Na avaliação da casa, a Cemig é uma empresa estatal muito bem administrada e há espaço para aumento dos dividendos do exercício fiscal de 2024, tornando a companhia um dos nomes com dividend yield (retorno de dividendo) mais alto na cobertura da Ágora, ao mesmo tempo que deve manter a alavancagem contida.

Itaú

Sobre o Itaú, os analistas estimam que, com o impacto do menor ruído regulatório e uma posição de capital robusta até o final de 2024, o banco deve distribuir entre R$ 12,7 bilhões e R$ 20,8 bilhões em dividendos extraordinários no quarto trimestre de 2024, o que implicaria de 0,9 ponto percentual (pp) a 1,5 pp de capital em pagamentos de dividendos para 2024.

Gerdau

Diante do cenário atual, a Ágora acredita que os investidores ainda busquem mais visibilidade sobre a perspectiva de lucratividade da Gerdau nos Estados Unidos, diante da nova administração do presidente eleito Donald Trump, e como isso pode alterar os retornos de caixa aos acionistas — em outras palavras, dividendos e recompra de ações.

Porém, reiteram a preferência relativa pelas ações da Gerdau neste momento, sendo a top pick da Ágora no setor.

Telefônica Brasil

Para a Ágora, os resultados do terceiro trimestre de 2024 da Telefônica Brasil, dona da Vivo, mais do que confirmaram as tendências positivas que apoiam nossa visão estrutural construtiva sobre o setor de telefonia móvel no Brasil. Para o 3º trimestre, estimam um resultado novamente positivo.

Os analistas notam que a Vivo tem um catalisador de curto prazo mais claro com a migração de concessão, que implica potencial de alta para nossas estimativas atuais.

A migração da concessão de telefonia fixa para um modelo de autorização deve aliviar as despesas operacionais, reduzindo custos de manutenção de redes de cobre antigas e taxas de penalização, além de eliminar a taxa bienal de 2% sobre receitas de concessão, avaliam os analistas.

“Quanto à remuneração aos acionistas, considerando JCP + dividendos + recompra + redução de capital, a Vivo anunciou este ano de 2024 um total de R$ 8,1 bilhões, o que representa uma distribuição de cerca de 150% do nosso lucro líquido esperado de R$ 5,4 bilhões para 2024”, concluem.

Veja a carteira de dividendos da Ágora para começar 2025