43% dos CEOs brasileiros acreditam que seus negócios irão crescer em 2019, segundo pesquisa
Os CEOs brasileiros estão mais otimistas em relação ao crescimento de suas empresas em 2019, segundo dados da XXII Pesquisa Global com CEOs da PwC, divulgada nesta segunda-feira (21). Dentre os empresários entrevistados, 43% veem com bons olhos o desempenho de seus negócios ao longo de 2019. Na pesquisa anterior, o índice apontava para 39%.
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Cerca de 91% dos CEOs brasileiros esperam ter crescimento orgânico neste ano. 89% devem buscar aprimorar a eficiência profissional, 76% procuram lançar novos produtos e serviços e 57% visam trabalhos conjuntos com empreendedores e startups. Quando questionados sobre a expectativa para os próximos três meses, 48% dos entrevistados disseram que as companhias devem crescer – queda de 6 pontos percentuais em comparação à pesquisa anterior.
O Brasil ocupa o sexto lugar entre os países mais citados pelos líderes globais como possíveis focos de investimento em 2019, de acordo com a pesquisa da PwC. O país só fica atrás de Estados Unidos, China, Alemanha, Índia e Reino Unido.
Sobre as principais preocupações dos empresários brasileiros, o crescimento da carga tributária é um destaque, mencionada por 96%. Excesso de regulação, incertezas sobre o cenário político nacional e instabilidade social são outros assuntos mencionados pelos entrevistados.
“A retomada do crescimento econômico brasileiro dá sinais de avanços”, afirma Fernando Alves, sócio-presidente da PwC Brasil. “A pesquisa mostra que o país não saiu do radar internacional para fins de investimentos. O momento exige esforços das empresas para focar em processos disruptivos que mantenham suas organizações em destaque aos olhos do mundo”.
Inteligência artificial
O investimento em inteligência artificial a longo prazo deve crescer entre os CEOs brasileiros. 59% responderam que a tendência estará presente em seus negócios nos próximos cinco anos.
“O uso da Inteligência Artificial já é uma realidade em várias economias do mundo e chegou a hora das empresas brasileiras intensificarem sua atuação nesta dimensão”, comenta Alves.
Desafios globais
A maior ameaça para 78% dos CEOs é a incerteza política nos países de atuação, seguida pelas incertezas geopolíticas internacionais, com 75% das respostas, excesso de regulação, com 73%, e instabilidade no crescimento, também com 73%.