Corpo de fiscais federais como adidos agrícolas mostra resultados ao comércio exterior
Fora o corpo diplomático especializado e presente em várias representações brasileiras no exterior, os auditores fiscais federais agropecuários (AFFAs) que atuam como adidos agrícolas têm conseguido dar agilidade às necessidades do comércio exterior durante a pandemia.
Na medida em que nesse ano e meio vários protocolos sanitários e tarifários foram alterados em produtos sensíveis, em vários mercados, e o País viu o agronegócio com novas prioridades nas duas mãos comerciais, a categoria atesta exemplos práticos do monitoramento regular que suas funções exigem nas embaixadas e consulados.
Do pequeno Marrocos, no Chifre da África, o adido agrícola Nilson Guimarães explica que no primeiro trimestre de 2021 o Brasil conseguiu importar fosfato e fertilizantes, atenuando a dependência e diluindo as origens externas desse produto. O crescimento da produção agrícola, graças às exportações, impôs aumento do consumo desses insumos.
Nesse período, conta o especialista, o Brasil acabou pulando para o terceiro lugar entre os parceiros comerciais do Marrocos, pulando duas posições.
Guimarães adiciona, ainda, o aumento das exportações de milho para o país árabe africano, tanto quanto o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) já foi informado da redução das tarifas de importação de trigo no momento no qual o Brasil parte para uma produção pouco maior do cereal.
O Anffa Sindical, braço organizacional e jurídico da categoria, encomendou nova pesquisa à Fundação Getúlio Vargas (FGV) para fazer um levantamento das ações de monitoramento sistemático dos adidos agrícolas auditores pelo mundo.
Na pesquisa de 2017, de acordo o sindicato, ficou demostrada a relevância dos resultados obtidos pelo trabalho desses representantes.
Casos envolvendo um possível surto de febre aftosa e de influenza aviária, com potencial somado de aproximadamente R$ 29 bilhões em prejuízos, foram evitados por alertas desses adidos.