Tecnologia

40% dos brasileiros são dependentes do smartphones

04 set 2018, 13:44 - atualizado em 04 set 2018, 13:44
(Pixabay)

A Motorola divulgou hoje (4) uma pesquisa que mostra que mais de 40% dos brasileiros são não apenas viciados, mas dependentes de seus smartphones. Para chegar a esse resultado, a empresa questionou cerca de 20 mil pessoas, em nome da sua plataforma de bem-estar digital Phone Life Balance.

Para descobrir como é a relação dos consumidores da Motorola com seus smartphones, a empresa desenvolveu uma pesquisa on-line com dez perguntas simples, e encaixou os participantes em cinco diferentes perfis:

Telesapien (5,56%): aquele que usa o telefone apenas para o básico, como ver a hora e fazer ligações, e isso é tudo. Não gosta de enviar mensagens de texto, porque acha muito demorado digitar com o indicador e não publica nada em suas redes sociais.

Teleconsciente (32,47%): alcançou um estado de equilíbrio no uso do smartphone. Vive a vida com o telefone, mas não dentro dele. Usa o dispositivo para economizar tempo e energia, que pode investir em coisas mais importantes. Entende o valor de seus relacionamentos e sabe como aproveitá-los ao máximo.

Teléfilo (18,98%): a pessoa que não resiste ao seu smartphone. Usa em momentos de descanso, só porque ele está ali, disponível. Sente ansiedade quando o telefone acusa menos de 10% de bateria. Sempre acha que está fazendo muitas tarefas com o celular, mas, na verdade, está com muitas distrações.

Telefanático (1,47%): nunca fica sem usar o smartphone. É a primeira coisa que faz pela manhã, a última que faz à noite, e em qualquer momento no meio do dia. Com frequência, se pega olhando para ele sem saber o porquê. A relação com o celular atrapalha o relacionamento com os amigos e familiares, pois prefere enviar mensagens de texto a falar pessoalmente com alguém, e sente necessidade de responder às mensagens imediatamente, não importa quem, ou o quê, tenha de interromper para fazê-lo.

Teledependente (41,52%): nunca deixa de utilizar seu telefone, uma realidade bastante negativa em vários sentidos. Fica no celular de manhã, antes de dormir e sempre que puder. Usa no tempo livre e se pega olhando para o aparelho só pelo fato de ele estar lá. Separar-se do telefone, mesmo por apenas alguns minutos, o faz sentir-se vulnerável e estressado.

O estudo aponta que 65% dos entrevistados admitem sentir pânico ao pensar que perderam o smartphone, e que 29% concordam que, quando não estão usando, estão pensando em usar o celular na próxima vez em que estiverem com ele.

O estudo, publicado pela empresa independente Ipsos, foi feito em parceria com Nancy Etcoff, especialista em Comportamento Mente-Cérebro e na Ciência da Felicidade, pela Universidade de Harvard, e psicóloga do Hospital-Geral de Massachusetts.

Bem-estar digital

Outras empresas estão levando o conceito de bem-estar digital a sério, inclusive levando os conceitos para a prática: recentemente, a Google anunciou que as próximas versões do sistema operacional Android contarão com um sistema nativo de controle do que você usa quando está no smartphone.

Você pode definir quanto tempo quer ter disponível para consumir vídeos no YouTube, por exemplo. Ao fim do tempo estipulado, seu smartphone não vai te proibir de usar o aplicativo, claro, mas vai te mandar um alerta, e os gráficos periódicos vão mostrar quão viciado em certos aplicativos você está se tornando.

A Apple já está aplicando os princípios na próxima versão do sistema iOS, para iPhone: além de estipular tempo-limite para aplicativos viciantes, o modo de Não Perturbe nem mesmo mostra as notificações durante a noite. A intenção é fazer com que os usuários se sintam menos pressionados para checar os dispositivos a cada 5 segundos durante a madrugada.

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