4 fatores que explicam por que a inflação deve cair em 2022
A inflação no Brasil, um dos grandes vilões para a economia doméstica no ano passado, deve começar a perder força agora. A Rico Corretora vê um processo de desinflação ao longo de 2022, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (IPCA) caindo para 5,2% até o fim do ano e voltando à meta do Banco Central (BC), em 3,25%.
De acordo com a nova edição do Boletim Focus, divulgado pelo BC nesta segunda-feira (10), especialistas estimam que o IPCA fechou 2021 a 9,99%. Para 2022, a expectativa de alta do indicador foi mantida em 5,03%.
A Rico destaca que os preços vão subir de maneira mais lenta, com alguns setores – energia elétrica, por exemplo – até apresentando queda.
De acordo com a corretora, quatro principais fatores explicam por que a inflação provavelmente recuará no país: (i) queda nos preços das commodities; (ii) atraso dos efeitos reais da alta dos juros (o aumento da Selic demora aproximadamente nove meses para ser sentido pelo consumidor); (iii) economia mais fraca; e (iv) real menos desvalorizado.
Para onde vai o dólar?
Apesar de projetar um real perdendo menos valor, a Rico tem perspectiva de que a moeda brasileira atinja R$ 5,70 por dólar ao longo de 2022.
De acordo com a Rico, o real poderia estar mais valorizado neste momento, mas não está devido ao risco que é visto em investir no Brasil, dada a atual situação política fiscal do país.
Além disso, mesmo com os juros chegando no patamar de dois dígitos, o que poderia atrair mais capital estrangeiro para cá por conta dos juros menores no restante do mundo, as eleições para a presidência pressionam a moeda brasileira.
Para 2023, com o fim da corrida presencial, a Rico vê espaço para uma leve, porém gradual valorização do real, com o dólar caindo para R$ 5,30 no período.
As estimativas para a Selic são de que continue subindo. A Rico espera que a taxa básica de juros fique em 11,5% em março e permaneça neste patamar até, no mínimo, as eleições de outubro.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), a expectativa é de que tenha crescimento zero em 2022 e se recupera em 2023, com crescimento de 1,2%.
Disclaimer
O Money Times publica matérias de cunho jornalístico, que visam a democratização da informação. Nossas publicações devem ser compreendidas como boletins anunciadores e divulgadores, e não como uma recomendação de investimento.