4 fatores que animam o dia de construtoras na Bolsa; Eztec (EZTC3) dispara 7%
O setor de construção civil tem dia de céu de brigadeiro na B3 com boa parte das empresas sendo negociadas em forte alta. As construtoras do segmento de média/alta renda levam a melhor, com a Trisul (TRIS3), Eztec (EZTC3) e Cyrela (CYRE3) liderando os ganhos entre 4,7% e 7,8%.
O pregão desta terça-feira (25) é positivo para o índice Ibovespa, que sobe acima dos 122 mil pontos, maior nível desde agosto de 2021. O desempenho positivo dessas construtoras é impulsionado pelos ganhos da Bolsa brasileira e por outros três motivos.
Ibovespa dispara ao maior nível em 2 anos
O Ibovespa tem mais um dia de alta e passa dos 122 mil pontos após uma manhã de agenda de indicadores cheia. Por volta das 13h40 (de Brasília), o Ibovespa tinha alta de 0,6%, perto dos 122.100 pontos..
Esses indicadores refletem na alta das ações de construtoras. Saiu hoje, com um dia de atraso, o Relatório Focus em que economistas ouvidos pelo Banco Central voltaram a revisar para baixo a trajetória de inflação, após a pausa feita na semana passada.
Além disso, teve a divulgação da prévia de inflação de julho (IPCA-15), que veio negativa e sinaliza o segundo mês de deflação.
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Deflação, Focus e o reforço de queda da Selic
O economista e consultor André Perfeito comenta que o mercado foi surpreendido com a queda de 0,07% do IPCA-15, nem tanto pelo índice em si, mas na melhora qualitativa do indicador que viu seus núcleos retrocederem. “Esse era um dos temas que mais tiravam o sono do mercado. Porém, por ora sai da mesa dos economistas na Faria Lima”, diz.
Segundo Perfeito, a prévia da inflação e as projeções do Focus em queda sacramentam de vez o corte da taxa Selic na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) semana que vem. “Reitero meu cenário de corte de 0,50 pontos percentuais e taxa Selic em 11,75% ao fim deste ano”, comenta.
Mais incentivo do governo para construtoras
Um quarto fator fecha o combo de notícias positivas para as construtoras, com horizonte de deflação e queda de juros. Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o conselho curador do FGTS se reúne ainda hoje para discutir a aprovação de uma verba suplementar para financiamento para a área de Habitação.
O orçamento atual é de R$ 68,1 bilhões. Contudo, pela proposta em discussão feita pelo Ministério das Cidades, o montante passará a ser de R$ 96,9 bilhões, o que representa incremento de R$ 28,8 bilhões. De acordo com o colunista, é quase certo que a proposta seja aprovada, já que a equipe técnica da pasta teria dado um ‘ok’.