4 destinos possíveis para Braskem (BRKM5), segundo UBS BB
A saga da compra da Braskem (BRKM5) ganhou mais um capítulo após a Novonor confirmar que recebeu da Apollo uma oferta para a aquisição de participação.
O UBS BB enxerga quatro possíveis desfechos para a saga:
- Novonor, credores e Petrobras recusam a oferta da Apollo;
- Petrobras não aceita a oferta por sua participação, mas Novonor e credores avançam;
- Novonor, credores e Petrobras aceitam a proposta; e
- Petrobras contraria a oferta usando seu direito de preferência para adquirir participações adicionais na Braskem.
Isso porque a venda não depende apenas da ex-Odebrecht, mas também dos credores e da Petrobras (PETR3; PETR4), conforme informou a companhia. A petroleira detém 36,1% do capital votante da Braskem.
Luiz Carvalho e a equipe de analistas do banco consideram que, se as empresas recusassem a oferta, estariam abrindo mão de um “prêmio relevante”.
Os possíveis desfechos para Braskem
De acordo com o time do UBS, nos cenários que aceitam a compra pela Apollo, 2 e 3, a cláusula de tag along — que dá direito aos acionistas minoritários de acompanhar a oferta — poderia ser acionada.
Isso porque poderia levar à mudança de controle acionário, dizem.
Já o último cenário, em que a Petrobras amplia a participação, estaria de acordo com comentários recentes da administração da Braskem. Eles acreditam que a estatal brasileira deve se verticalizar no setor petroquímico.
Além disso, os analistas ressaltam que o governo brasileiro também indicou que teria uma visão favorável para que a Petrobras aumentasse sua participação na Braskem.
“A Petrobras poderia adquirir a participação da Novonor na Braskem sem desencadear a mudança de controle total, pois faz parte do acordo de acionistas controladores”, explicam Carvalho e equipe.
Outro possível desfecho, segundo os analistas, é a Petrobras fechar o capital da Braskem — caso em que uma oferta poderia ser feita pelos minoritários.
A proposta da Apollo
A Braskem confirmou nesta quarta-feira (10) que a Novonor recebeu da Apollo, em conjunto com a Apollo Global Management, suas afiliadas, e ADNOC, uma oferta não vinculante para a aquisição da participação na companhia.
A proposta estabelece o pagamento de R$ 47,00 por ação e também é destinada aos bancos credores.
Além disso, a efetivação da oferta depende de avaliação e negociação com a Petrobras e está sujeita ao cumprimento de condições usuais deste tipo de operação.