3tentos (TTEN3): XP eleva preço-alvo para ação, mas vê pressão sobre grãos no 2T25; saiba o que esperar

A XP Investimentos divulgou sua prévia para os resultados da 3tentos (TTEN3) no segundo trimestre de 2025 (2T25). A expectativa é de que a empresa reporte um lucro líquido ajustado de R$ 55 milhões, uma queda de 62% ante os R$ 146 milhões do 2T24.
A casa elevou seu preço-alvo de R$ 17,70 para R$ 18,70 para ação no final de 2025. O valor representa um potencial de alta de 31% em 12 meses.
Os analistas Leonardo Alencar e Pedro Fonseca esperam um trimestre sólido, com a empresa mantendo seu forte ritmo de crescimento. Olhando adiante, no entanto, eles permanecem cautelosos quanto às perspectivas de curto prazo, especialmente considerando:
- A frágil situação financeira dos agricultores;
- Margens agrícolas mais fracas que podem levar a uma menor adoção de tecnologia — especialmente no Rio Grande do Sul;
- Riscos de queda nas revisões de lucros do consenso, já que nossas estimativas de lucro líquido estão 12% e 8% abaixo do consenso para 2025 e 2026, respectivamente.
“No 2T25, projetamos maiores volumes em toda cadeia, refletindo o aumento do market share das lojas, ganho de mercado no Mato Grosso e as safras sólidas de soja, milho e trigo. No entanto, preços mais baixos de grãos, insumos agrícolas, biodiesel e farelo de soja devem ser ventos contrários”.
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Eles esperam que o crescimento de receita compensa margens mais fracas nos segmentos de insumos agrícolas (mix mais fraco devido à maior participação de fertilizantes na composição da receita de insumos) e industrial (preços mais baixos de biodiesel e farelo de soja).
E o longo prazo para 3tentos?
A XP segue gostando do caso de investimento da 3tentos e, mesmo com premissas mais conservadoras de longo prazo para as margens do setor e do varejo, a casa estima que a ação está sendo negociada com precificação em nível que consideram razoável, dado o robusto potencial de crescimento da empresa. “Portanto, reiteramos nossa recomendação de compra”.
Para o longo prazo, os analistas reduziram suas premissas de margem no segmento industrial em 100 pontos-base – especialmente à luz das incertezas políticas em torno da evolução do mandato do biodiesel.
“No varejo, estamos reduzindo as margens em cerca de 300 pontos-base, impulsionados três fatores: Maior exposição a lojas no Mato Grosso, margens estruturalmente mais fracas em defensivos agrícolas devido ao aumento da participação de produtos genéricos e um ambiente competitivo ainda desafiador”.