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3tentos (TTEN3) se consolida para surfar mercado de R$ 618,5 bi para grãos e insumos; é hora de comprar?

14 nov 2024, 17:30 - atualizado em 14 nov 2024, 18:42
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Durante o 3tentos Day, a empresa exibiu um vídeo sobre sua nova planta, que está sendo desenvolvida em Porto Alegre do Norte, na região do Vale do Araguaia. (Foto: Divulgação)

A 3tentos (TTEN3) promoveu um evento nesta quinta-feira (14), destinado a acionistas e investidores. Em forte crescimento, a empresa detalhou a expansão do mercado de grãos e insumos, com potencial de R$ 618 bilhões no Brasil, segundo IBGE e Conab. Diferentes analistas indicam que é o momento de comprar.

Nos primeiros nove meses de 2024, a 3tentos cresceu 50% em relação ao mesmo período do ano anterior (a/a), se consolidando em três frentes: insumos (+5%), grãos (64,6%) e indústria (66,3%). “Isso é fruto do nosso compromisso com o agricultor, em entendê-lo e gerar valor na cadeia produtiva”, disse o COO, João Marcelo Dumoncel.

A empresa divulgou os resultados operacionais do terceiro trimestre (3T24) na última segunda-feira (11), com lucro líquido de R$ 318 milhões, um crescimento de 46% (a/a). As ações da 3tentos (TTEN3) terminaram o pregão com alta de 4,13%, a R$ 14,38.



O “3tentos Day” contou com a participação de executivos da empresa, que apresentaram a evolução da companhia e perspectivas para o futuro. O evento foi dividido em diferentes apresentações, com painéis sobre os temas: Estratégia Go To Market; Commodities e Logística; e Segurança alimentar e transição energética.

Mercado em expansão

O primeiro painel do evento reuniu o COO; o Diretor de Insumos, Benhur Vione; e o consultor Matheus Cônsoli, Diretor da Markestrat. O convidado começou o debate falando sobre o potencial do mercado de insumos. “A perspectiva é que o mercado cresça aproximadamente 3% ao ano, chegando em 20% de crescimento até 2030”, afirmou Cônsoli.

A safra 2024/25 também foi assunto do painel, que ressaltou aspectos que afetaram o plantio, como a baixa nos preços das commodities e questões climáticas que afetaram algumas regiões, como o Sul e o Cerrado.



Com o recente investimento no Vale do Araguaia, que deve ultrapassar R$ 2 bilhões até 2030, a 3tentos afirma que acrescentou um potencial imediato de R$ 16,4 bilhões no mercado de insumos da região.

Usina no Araguaia deve ser entregue até 2026

Durante o 3tentos Day, a empresa exibiu um vídeo sobre sua nova planta, que está sendo desenvolvida em Porto Alegre do Norte, na região do Vale do Araguaia, no Mato Grosso. O foco da indústria será o etanol de milho.

De acordo com os executivos, a planta será capaz de processar 2.800 toneladas de milho por dia; 1.223m³ de etanol; 798 toneladas de DDGS; e 50 toneladas de óleo. No vídeo exibido, o Gerente Industrial Claywor Back afirma que as obras devem acabar dentro do cronograma previsto, sendo entregue no segundo semestre de 2025.

Como analistas avaliam a 3tentos (TTEN3)?

Para o BTG Pactual, os resultados da empresa no último trimestre destacam o valor de integrar varejo, trading e processamento de grãos. Os analistas recomendam a compra, com preço-alvo de R$ 17, um potencial de valorização de 23% ante o fechamento de quarta (13).

O relacionamento da empresa com os produtores foi um ponto citado na análise. “Enquanto os volumes do varejo vieram fracos, os volumes de trading se mantiveram fortes, sugerindo um bom relacionamento da 3tentos com os agricultores, apesar de um mercado de insumos agrícolas desafiador e dos atrasos na safra”, afirma. O banco considera os números promissores e destaca a força do ecossistema da 3tentos.

“Como sua nova usina de etanol de milho está em meio a investimentos e não gerará receita até 2026, vemos o P/L da 3tentos em 8,3x para 2026 e 6,5x para 2027, mantendo um ROIC de ~20% nos próximos anos. A 3tentos permanece entre nossas principais escolhas no setor agrícola”, finaliza.

O Santander definiu o mesmo preço-alvo e também recomenda compra das ações. “A 3tentos relatou resultados mais fortes do que o esperado, com Ebitda ajustado 57% acima de nossas expectativas otimistas, em R$ 356 milhões, e uma margem Ebitda expandindo 5,3 pontos percentuais (a/a) para 10,3%”, diz.

 

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gustavo.silva@moneytimes.com.br
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