3tentos (TTEN3): Os planos com a Caramaru e os riscos com a chegada do La Niña
Nesta segunda-feira (4), o CEO e fundador da 3tentos (TTEN3), Luis Osório Dumoncel, participou do Money Minds e falou sobre algumas questões financeiras e projeções para a empresa.
No início de 2024, a empresa comunicou um plano de investimentos no valor de R$ 2 bilhões ao longo dos próximos sete anos (2024-2030).
Nos próximos sete anos, com esse valor, a ideia da 3tentos é:
- Implementar a primeira indústria de processamento de milho da companhia voltada para a produção de etanol e DDG (coprodutos da produção do etanol do milho), localizada na cidade de Porto Alegre do Norte (MT), e abertura de novas lojas na região do Vale do Araguaia (MT);
- Ampliar a capacidade industrial do complexo Soja e da produção de sementes e fertilizantes;
- Investir em logística, tecnologia, inovação, novos negócios e regiões.
- Investir R$ 200 milhões na nova estrutura de logística e armazenagem no Arco Norte anunciado em 18 de dezembro de 2023 na constituição de uma joint venture com a Caramuru Alimentos S/A.
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“Nós, junto da Caramuru, decidimos fazer um investimento em Miritituba (PA), para que possamos fazer um porto fluvial, projeto que está bem encaminhado. Trata-se de um investimento de R$ 400 milhões por parte de cada uma das empresas para ajudar neste transporte de Miritituba até Bacarena, Santana e até o porto de Belém”, explica Dumoncel.
O CEO ressalta que a joint venture prestará serviços para outras empresas e ajudará a diminuir os gargalos logísticos na região.
A unidade de processamento de milho em Porto Alegre do Norte (MT) deve ficar pronta em janeiro de 2026.
Quais são os riscos com o La Niña para a 3tentos?
O NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional), autoridade climática global, projeta que o fenômeno climático La Niña deve começar em junho de 2024.
No Brasil, as chuvas tendem a ficar mais volumosas que o normal no Norte e no Nordeste, e o tempo fica mais seco em amplas áreas do Centro-Sul do país, especialmente o Sul, que fica mais vulnerável a eventos de seca, que traz déficit hídrico no solo e acaba prejudicando algumas culturas.
O CEO diz que a empresa trabalha frequentemente para mitigar os efeitos climáticos, com destaque para a seca no Sul do Brasil que ocorre durante o fenômeno.
“Quanto à mitigação de risco, as tecnologias para enfrentar a estiagem vêm sendo cada vez mais utilizadas, entre elas a irrigação, o que fazemos bem no Rio Grande do Sul e no Mato Grosso. Eu diria que o somatório do melhoramento genético da semente, fertilização adequada do solo e uma proteção de cultivos adequada, com adubação direcionada e bioestimulantes, têm nos ajudado a trabalhar melhor nestes quadros de estiagem”, finaliza.