‘3tentos (TTEN3) deve ver ponto de inflexão no 2º semestre’; o que dizem analistas após resultados?

A 3tentos (TTEN3) reportou na noite de ontem (12) um lucro líquido de R$ 145,6 milhões no segundo trimestre de 2024 (2T24), crescimento de 89,3% em relação ao mesmo período do ano passado. Com isso, por volta de 11h40, as ações subiam 4,88%.

De acordo com o BTG Pactual, os resultados ficaram abaixo das expectativas – ainda que otimistas – pelo forte desempenho no segmento indústria, compensado por resultados mais fracos em varejo e grãos.

A receita líquida, cresceu 59% e ficou 29% acima da estimativa do banco, em R$ 2,8 bilhões, devido à forte originação de grãos e volumes de moagem.

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No entanto, o Ebitda ajustado, considerando os contratos de hedge, atingiu R$ 76 milhões, 36% maior a/a, com uma margem de 2,7% (-50bps a/a), mas 53% abaixo previsão, dado que não previam a continuidade de despesas de vendas elevadas.

A empresa elevou seu guidance de volume para o ano: biodiesel (+14%), farelo de soja (+7%) e originação de soja (+19%).

TTEN3: 2º semestre deve ser forte

Como as receitas relacionadas às culturas de verão, como soja e milho, estão concentradas no segundo semestre, a maior parte das receitas desta linha virá mais adiante.

“O 2T24 é um trimestre pouco representativo dos resultados do ano fiscal da 3tentos. Continuamos confiantes de que os volumes de varejo poderão melhorar à medida que o 2S24 avança, conforme a originação de grãos aumente. Continuamos construtivos com os fundamentos da 3tentos, sendo uma das nossas principais teses do setor (compra e preço-alvo de R$ 17)”, apontam Thiago Duarte, Bruno Lima e Guilherme Guttila.

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Apesar de enxergar números mistos no 2T24, com o destaque vindo da indústria, pelos números fortes em todas as vertentes de negócio, enquanto o destaque negativo foram os insumos agrícolas, os analistas da XP Investimentos acreditam que o segundo semestre marcará um ponto de inflexão para a empresa, já esperando a reação positiva no pregão de hoje (compra e preço-alvo de R$ 14,10).

Segundo o UBS, que conta com recomendação e preço-alvo de R$ 14,10, houve uma sazonalidade incomum, com atrasos no segmento de varejo. Mesmo assim, a empresa viu força operacional para aumentar seu guidance 2024 e 2025, o que deve resultar em revisões positivas de lucros.

“Com o ramp-up das operações aumentando, SG&A em um ponto de inflexão e o pior momento de preços e margens para trás, vemos um momentum positivo de lucros à frente, o que pode ajudar a ação a refletir melhor seu potencial de crescimento de curto prazo”, apontam