Comprar ou vender?

3R Petroleum (RRRP3): Integração com Enauta ofusca 2T24, considerado positivo

31 jul 2024, 14:47 - atualizado em 31 jul 2024, 14:47
(Imagem: Divulgação/3R Petroleum)
Pelo lado negativo, o custo de extração do petróleo e gás crus teve uma alta de 21% na visão trimestral. (Imagem: Divulgação/3R Petroleum)

O balanço do segundo trimestre da 3R Petroleum (RRRP3), divulgado nesta quarta-feira (31), fica em segundo plano para os analistas, diante da expectativa sobre os resultados da integração com Enauta & Maha Energy, que será concluída nesta semana.

A 3R teve prejuízo líquido consolidado de R$ 363 milhões no segundo trimestre, mas o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado totalizou R$ 850 milhões no período, representando um salto de 326%. As ações operavam em queda de 0,8% hoje.

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Ainda que os números tenham ficado acima do consenso, o grande ponto aqui passa ser o resultado da integração com Enauta e apropriação de sinergias e, principalmente, o resultado do aumento da produção da empresa derivada do processo de revitalização – algo que tem deixado a desejar nos último anos”, resumiram os analistas da Genial Investimentos, que recomenda compra.

O BTG Pactual, que tem a mesma recomendação para a 3R, pontuou que alguma forma de priorização de ativos será fundamental para gerenciar com eficiência o que se tornou um portfólio complexo. Para os analistas do banco, a menor confiança na geração de fluxo de caixa da nova empresa em 2025 é o que impede uma valorização mais rápida das ações.

Segundo Pedro Soares e equipe que assina o relatório, e os investidores se concentrarão cada vez mais na geração de fluxo de caixa da 3R.

Para a Empiricus, os R$ 958 milhões em caixa operacional no segundo trimestre foram justamente o destaque do último balanço, a linha ficou 743% maior do que no período anterior. “A forte performance se deve à expansão da produção, ao petróleo e dólar mais altos e à venda de estoques que ficaram represados no final do trimestre anterior”, explicou a analista Larissa Quaresma.

As atividades de investimento, por sua vez, consumiram R$ 700 milhões em caixa (R$ 362 milhões orgânicos e R$ 338 milhões em pagamentos de aquisições passadas). A companhia pagou R$ 179 milhões em serviço da dívida, o que resultou em uma geração de caixa livre para o acionista de R$ 79 milhões.

“Gostamos do resultado, principalmente por ter mostrado a capacidade de gerar caixa livre ao acionista, mesmo com a produção ainda bem aquém do potencial e o lifting cost ainda alto”, disse Quaresma, que reiterou a recomendação de compra. 

Pelo lado negativo, o custo de extração do petróleo e gás crus teve uma alta de 21% na visão trimestral, para US$ 22,60 por barril.

A perda de eficiência se deve não só ao aumento da representatividade de Papa-Terra, que tem um custo de extração mais alto, mas também às intervenções de manutenção e desenvolvimento nos Complexos Papa-Terra e Potiguar.  

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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