Comprar ou vender?

3R Petroleum (RRRP3) e Enauta (ENAT3): BBI define preço-alvo para combinação dos negócios; veja o que esperar

18 jul 2024, 13:03 - atualizado em 18 jul 2024, 13:03
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Bradesco BBI apresenta o que esperar da nova empresa gerada pela fusão da 3R Petroleum e Enauta (Imagem: Divulgação/3R Petroleum)

O Bradesco BBI apresentou seu preço-alvo para 2025 para a fusão de negócios entre a 3R Petroleum (RRRP3) e a Enauta (ENAT3) de R$ 45/ação, ante R$ 70/ação para RRRP3.

A fusão entre as companhias foi aprovada, sem restrições, pela Superintendência do Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no início deste mês.

A 3R passa a deter 100% das ações da Enauta. Assim, a Enauta será uma subsidiária integral da 3R e seus papéis sairão do Novo Mercado, com o cancelamento do registro de companhia aberta.

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Os analistas Vicente Falanga, do BBI, e José Cataldo, da Ágora Investimentos, explicam que o corte no preço-alvo se deve, principalmente, à decisão de modelar o fluxo de caixa descontado da nova companhia mais próximo das reservas 1P (provadas), em vez das reservas 2P (provadas e prováveis) anteriormente, dada a falta de histórico da 3R em entregar os resultados dos relatórios de certificação.

Considerando as reservas 2P, o preço-alvo aumentaria para R$ 75/ação.

Hora de comprar ou vender?

Apesar do corte, a casa mantém a recomendação de compra, pois enxergam na tese uma combinação interessante de valor e crescimento, potencialmente pagando um dividend yield (rendimento de dividendo) de 11% em 2025.

“Nossa modelo não incorpora o potencial de aumento das sinergias, que poderia chegar a R$ 11,00/ação. Consideramos que eventuais gatilhos para a tese são mais antecipados a ela em comparação com seus pares PRIO (Compra e preço-alvo de R$ 70,00) e PetroRecôncavo (Compra e preço-alvo de R$ 33,00)”, explicam.

Em relação aos riscos, os analistas apontam que, além dos preços do petróleo e da execução, existe a possível venda de ações de cerca de 30% da base de acionistas com perfil financeira

“Infelizmente, as partes parecem ainda não ter chegado a um acordo de lock-up (prazo restrito de venda das ações) e isso continuará a exercer uma pressão vendedora para as ações”.

Os analistas apontam que as ações da nova companhia estão sendo negociadas a 1,6x o múltiplo EV/Ebtida estimado para 2025, que está entre os valuations mais baratos na cobertura da casa, e implica um desconto de 30% em relação à média da América Latina.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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