3R Petroleum (RRRP3) desaba 10% após balanço do 4T21; BTG mantém compra e prevê alta de 155%
A 3R Petroleum (RRRP3) teve um quarto trimestre fraco em 2021, afirmou o BTG Pactual.
Quem também não se surpreendeu positivamente com o resultado foram os investidores. Por volta das 17h20 desta quarta-feira (23), após a divulgação do balanço, as ações da 3R desabavam 10,11%, cotadas a R$ 32,45.
A empresa de petróleo e gás reverteu o prejuízo e lucrou R$ 19,7 milhões no período. O ebitda ajustado somou R$ 82,6 milhões no trimestre, um crescimento de 63,6% na comparação anual.
Destaques negativos
Segundo o BTG, o ebitda da 3R Petroleum veio 13% abaixo do esperado, apesar da receita líquida estar em linha com o consenso e ter capturado o aumento dos preços do petróleo.
O banco ainda afirmou que a “surpresa negativa”, como se referiu ao resultado do 3R, foi impulsionada pelo opex (despesas operacionais) acima das expectativas, com aumento no custo de energia e o descompasso entre crescimento do quadro de funcionários e a falta de receitas correspondentes.
Os analistas do BTG afirmam que, até certo ponto, o mercado já antecipava um trimestre abaixo da média, conforme a companhia estabelece as bases para um ramp-up ao longo de 2022.
“À medida que a administração reforça seu compromisso de mudar o foco do crescimento inorgânico para orgânico, vemos muito espaço para surpresas positivas no curto prazo, sustentadas por gatilhos operacionais”, avaliam.
O que fazer diante da queda das ações?
Para os analistas do BTG, qualquer reação negativa oferece bom ponto de entrada nas ações da 3R Petroleum. O banco reforça sua recomendação de compra para as ações da companhia, com preço-alvo de R$ 92, o que implica uma potencial alta de aproximadamente 155%, com base no último fechamento (23).
O nome ainda é a top pick do BTG no setor de óleo e gás, oferecendo a “maior assimetria” dentre os players que o banco cobre.
“Vislumbramos interessantes gatilhos operacionais no curto prazo, que ajudarão a reduzir a percepção de risco”, afirma o banco.
Os analistas alertam que a valorização do real reduz marginalmente a alavancagem operacional da empresa, pois mais de 90% dos custos operacionais onshore são denominados em reais, mas ressalta que isso é mais do que compensado pelo recente aumento nos preços do petróleo.
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