3G separa fundo de hedge com retorno acima de pares e do S&P
A empresa de private equity 3G Capital está separando um fundo de hedge interno que produziu grandes retornos e abrindo para investidores externos.
O fundo Dumont Global, de US$ 220 milhões, liderado por Chris Yetter, foi separado da 3G no final do ano passado, disseram pessoas familiarizadas com o assunto.
A empresa está buscando levantar até US$ 500 milhões em capital novo, com a 3G permanecendo como investidora por mais dois anos e oferecendo suporte administrativo.
A 3G – liderada por bilionários incluindo o homem mais rico do Brasil, Jorge Paulo Lemann – está fazendo a mudança depois que o Dumont retornou 27% desde o início de fevereiro de 2018. O fundo está superando seus pares e o índice S&P 500, que ganhou cerca de 19% no período, com os dividendos reinvestidos.
No momento em que os fundos de hedge estão lutando para justificar seu custo, o Dumont está tentando se diferenciar com uma estratégia de buscar investimentos que outros fundos de hedge evitariam.
O fundo investirá em 10 a 15 oportunidades “órfãs”, tais como smalls caps e ativos distressed, de acordo com documento visto pela Bloomberg.
A empresa com sede em Nova York também oferecerá aos clientes a oportunidade de co-investir em suas operações, além de duas classes de ações com bloqueios de um e três anos que podem ser quebrados mediante o pagamento de multa.
Um representante da 3G preferiu não comentar.
A 3G foi formada em 2004 e administrava US$ 31 bilhões em dezembro de 2018. Lemann, de 80 anos, tem fortuna estimada em US$ 23 bilhões, segundo o Bloomberg Billionaires Index.
Seus parceiros Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira teriam ambos cerca de US$ 10 bilhões.
O nome Dumont vem de Alberto Santos-Dumont, o aviador franco-brasileiro que já foi considerado o primeiro homem a pilotar um avião, antes de ser ofuscado pelos irmãos Wright.