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3 temas de 2021 que continuarão com tudo em 2022, segundo o Goldman Sachs

11 jan 2022, 15:40 - atualizado em 11 jan 2022, 15:40
Stocks; ações; investimentos; bolsa
(Pixabay)

2022 chegou e, com ele, a esperança de novos assuntos, temas e conversas — expectativa que acompanha a humanidade em todo fim de ciclos de 365 dias.

Mas, segundo uma nota do Goldman Sachs, pelo menos três temas que foram relevantes em 2021 continuarão sendo neste ano.

São eles: o crescimento da ameaça das variantes da covid-19, a pressão de margens da inflação e uma possível reforma tributária nos Estados Unidos. Os fatores, então, contribuem para um ambiente bastante semelhante ao do ano passado, mostrando que o ano novo pode não ser tão novo assim.

Para o estrategista-chefe de ações do Goldman, David Kostin, “a variante Ômicron introduziu novos riscos para a atividade econômica, devido à sua maior transmissibilidade e resistência à reabertura”.

Kostin acredita que, por esse motivo, os economistas do banco reduziram suas previsões para o crescimento econômico de 2022 de 4,2% para 3,5%. “Cada ponto percentual reduzido do PIB se traduz em cerca de US$ 7 do S&P 500 EPS”, ressalta o estrategista.

Já em relação à pressão das margens da inflação, um dos principais pontos apontados como culpado pela nota é o aumento dos salários “por conta da escassez de mão de obra enfrentada pelas empresas”.

De acordo com o Goldman Sachs, os salários devem parar de crescer nos próximos trimestres, indo de 4,7% em dezembro para algo em torno de 4%.

“As empresas com altos custos trabalhistas ou exposição à inflação salarial enfrentarão a maior dificuldade em preservar as margens”, escreve Kostin.

A reforma tributária também é um item a continuar nos olhos dos investidores em 2022.

Segundo Kostin, o projeto de lei “Build Back Better” de Joe Biden pode “ter implicações mistas para as ações dos Estados Unidos”.

O Goldman Sachs estima que, se a lei for sancionada ainda neste ano, o índice S&P 500 EPS será reduzido em até 3% “em relação à política tributária atual, mas só entrará em vigor em 2023, no mínimo”.

De acordo com a Reuters, os analistas, por enquanto, enxergam o índice com um crescimento de 22,4% no acumulado do ano nos lucros do quarto trimestre. As informações têm como base o Refinitiv.