3 setores promissores para 2023 – e quais ações comprar
Os setores de commodities, elétrico e bancário estão entre os mais promissores da Bolsa brasileira em 2023, diante da perspectiva de retomada da China, pagamento de dividendos e preços baixos da cotação, avalia parte do mercado.
O analista da Top Gain Sidney Lima disse ver Vale (VALE3), CSN (CSNA3) e Gerdau (GGBR4) “muito alinhadas à flexibilização da política de covid-zero na China”, maior consumidora de minério de ferro. “Os papéis de siderurgia são lucrativos, com estabilidade, mas cíclicos”.
O ciclo que se aproxima, afirma o analista – criado também por uma perspectiva de arrefecimento da inflação em países como os Estados Unidos, segundo Lima – seria o de um bom ano para a siderurgia.
O mesmo não vale para uma ação de commodity – no caso, petróleo – como a Petrobras (PETR4) por causa do risco político local, avalia. “A empresa está em um segmento que é muito fácil de ser usado em políticas sociais”, afirma.
Por outro lado, o analista comenta que Banco do Brasil (BBSA3) seria uma boa opção mesmo sendo estatal, já que a empresa, destaca, atua em um setor com concorrência. Além disso, a ação do banco está barata, diz Lima. “O BB tem alta lucratividade e é um ótimo pagador de dividendos”.
Dividendos
O analista da Top Gain destaca que o setor elétrico, cuja característica é ser bom pagador de dividendos, está “barato”. Ele recomenda as ações de Copel (CPLE3), Sanepar (SAPR11) e Eletrobras (ELET3).
Lima não considera o cenário de privatização para indicar os papéis. Para ele, os indicadores de eficiência das empresas são “muito bons”. A empresa paranaense de energia deve ter a participação do governo estadual reduzida, conforme já indicado.
Para a Sanepar não há nada oficializado em termos de venda de ações, mas, considerando que a decisão caberia aos mesmos grupos políticos – Executivo e Legislativo do Paraná – o mercado especula uma eventual privatização.
“A Sanepar já é muito eficiente estando nas mãos do Estado, mas se vai para o mercado a perspectiva melhora ainda mais”, afirma o analista. Para a Eletrobras, que foi privatizada neste ano, uma nova capitalização está praticamente descartada com o governo Lula, diz.