Comprar ou vender?

3 principais motivos para vender Braskem (BRKM5) agora, segundo UBS BB

29 ago 2023, 20:31 - atualizado em 29 ago 2023, 20:31
Braskem, Petrobras
Analistas veem um potencial acordo envolvendo a venda da fatia da Novonor na Braskem como improvável no curto prazo (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Está na hora de vender as ações da Braskem (BRKM5), diz o UBS BB, em relatório de atualização de tese de investimento.

A instituição cortou a recomendação da companhia a “venda” e introduziu um novo preço-alvo de R$ 20 (vs. R$ 26 anteriormente). Três principais pilares explicam o novo rating:

  • o time de análise não espera um resolução de um possível acordo envolvendo a Braskem no curto prazo;
  • spreads devem permanecer sob pressão – ao menos, até 2025; e
  • baseado em dados disponíveis sobre o consenso, é possível esperar revisões para baixo dos resultados para 2023 e 2024.

O UBS BB acreditava que a indústria petroquímica havia atingido o fundo do poço no quarto trimestre do ano passado, o que não acabou se provando. Desde o início de fevereiro, destaca, está acontecendo uma deterioração significativa no cenário do spread principal, com uma reviravolta inesperada para o segundo semestre deste ano e em 2024.

“A estimativa está agora 20-30% abaixo das expectativas anteriores”, afirmam os analistas Luiz Carvalho, Tasso Vasconcellos e Matheus Enfeldt, responsáveis pelo relatório.

Em paralelo, os analistas veem um potencial acordo envolvendo a venda da fatia da Novonor na Braskem como improvável no curto prazo.

“Ainda pode haver ramificações de discussões do acordo, com vários potenciais cenários, incluindo nenhum andamento de acordo, como foi o caso em 2018-19, quando Lyondell apresentou uma oferta, mas o incidente em Alagoas impediu que a transação seguisse adiante”, lembram.

Nos últimos meses, a Braskem recebeu propostas de Apollo e Adnoc, que ofereceram R$ 47 por ação. Unipar (UNIP6) entrou na disputa, com uma oferta de R$ 36,50 pela fatia da Novonor, enquanto permitia que ela mantivesse 4% de participação. J&F também participou da briga com um montante semelhante ao da Unipar, mas pela participação toda da Novonor.

Na opinião do UBS BB, o mercado não parece totalmente certo em relação ao acordo, mas ainda precifica alguma probabilidade de uma das ofertas mencionadas acima seguir em frente.

Procurada pelo Money Times, a empresa não se manifestou até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para seu posicionamento.

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