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3 motivos que levaram o Bitcoin (BTC) saltar 160% no ano e ultrapassar os US$ 100 mil

16 dez 2024, 8:00 - atualizado em 10 dez 2024, 11:44
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O Bitcoin saiu de uma mínima no ano de US$ 39.833, no início de janeiro, para a marca dos US$ 103.679 onze meses depois. (Imagem: iStock.com/KanawatTH)

O ano de 2024 foi crucial para mostrar a força do mercado das criptomoedas, depois de um longo inverno entre 2022 e 2023, que manteve o preço das moedas digitais e interesse dos investidores em baixa.

O Bitcoin (BTC) foi uma das criptos que mais se deu bem. Saiu de uma mínima no ano de US$ 39.833, no início de janeiro, para a marca dos US$ 103.679 onze meses depois — uma valorização de 160%. Trata-se da cotação mais alta da história do Bitcoin.



Essa performance reflete a confiança renovada no mercado, impulsionada por fatores como o halving, um ambiente regulatório mais favorável e maior adoção institucional.

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Confira três fatores que levaram à alta do Bitcoin em 2024

1- ETFs nos Estados Unidos

Em janeiro, a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) aprovou a negociação de ETFs de Bitcoin. São fundos negociados em bolsa que oferecem exposição ao Bitcoin sem a necessidade de os investidores possuírem diretamente a criptomoeda. Ou seja, o investidor tem acesso ao desempenho do Bitcoin por meio de instrumentos financeiros tradicionais.

A introdução dos ETFs de Bitcoin nos EUA atraiu um influxo significativo de capital institucional, por integrar as criptomoedas ao sistema financeiro tradicional. Com isso, empresas como a MicroStrategy e gestores de ativos globais passaram a acumular Bitcoin. Países como Butão e El Salvador também aumentaram suas reservas da moeda digital.

Em entrevista para o Money Times, Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, afirma que o lançamento dos ETFsde Bitcoin foi um marco significativo para a indústria.

“Isso não apenas legitimou a criptomoeda, mas também ampliou o acesso para investidores institucionais e individuais. A regulamentação que acompanha esses produtos ajuda a criar um ambiente mais seguro e confiável, o que pode atrair novos capitais para o mercado”, disse.

2- Halving do Bitcoin

Em abril, aconteceu o halving do Bitcoin, um evento programado que ocorre aproximadamente a cada quatro anos. Na época, a recompensa por bloco minerado foi reduzido de 6,25 BTC para 3,125 BTC, diminuindo a oferta de novas moedas.

Historicamente, o halving é seguido por ciclos de valorização no preço do Bitcoin. Isso ocorre graças à diminuição da oferta, enquanto a demanda permanece constante ou aumenta. Neste ano, por exemplo, a moeda digital viu o seu valor subir 12% um mês após o halving, passando de US$ 63.430 para US$ 71.430.

O próximo halving do Bitcoing está previsto para acontecer em 2028, reduzindo a recompensa para 1,5625 BTC por bloco.

3- Vitória de Donald Trump

Desde novembro, o movimento de alta no mercado de criptos segue impulsionado pela vitória de Donald Trump na corrida presidencial dosEstados Unidos. As expectativas são de que o novo governo seja mais pró-mercado que o de Joe Biden, que estava promovendo a regulamentação do setor.

Na quarta-feira (4), antes de o Bitcoin ultrapassar os US$ 100 mil, Trump nomeou Paul Atkins como o novo presidente da Securities and Exchange Comission (SEC, equivalente à CVM). Atkins é conhecido por ser um defensor das criptomoedas. Durante o período que atuou como comissário da SEC, de 2002 a 2008, ele defendeu a desregulação e flexibilização de medidas para o mercado financeiro.

Trump chegou a parabenizar a comunidade do Bitcoin, após a disparada da moeda.

“Parabéns bitcoiners!!! US$ 100.000!!! De nada!!! Juntos, faremos a América grande novamente!”, escreveu na Truth Social.

Editora
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.
juliana.americo@moneytimes.com.br
Formada em Jornalismo pela PUC-SP, tem especialização em Jornalismo Internacional. Atua como editora no Money Times e já trabalhou nas redações do InfoMoney, Você S/A, Você RH, Olhar Digital e Editora Trip.