Economia

3 motivos que devem manter o dólar na casa dos R$ 5,90 nos próximos anos, segundo o Itaú

20 jan 2025, 16:29 - atualizado em 20 jan 2025, 16:34
dólar câmbio real
(Imagem: chonesstock)

O câmbio deve se manter no patamar de R$ 5,90 por dólar nos anos de 2025 e 2026, segundo projeções do Itaú. Antes, a expectativa para a taxa era de R$ 5,70.

O economista-chefe do banco, Mario Mesquita, e sua equipe afirmam que três principais fatores devem seguir pressionando o real:

  • dólar forte globalmente;
  • prêmio de risco brasileiro elevado diante das incertezas fiscais; e
  • piora da dinâmica da conta corrente, refletindo atividade aquecida.

Em relação ao motivo externo, os economistas dizem que o crescimento dos Estados Unidos (EUA) maior do que de outros países deve impulsionar a moeda norte-americana.

Além disso, as políticas tarifárias e inflacionárias do governo de Donald Trumpque tomou posse nesta segunda-feira (20) –, e o fim do afrouxamento monetário no país devem corroborar com a força do dólar.

Do lado doméstico, o Itaú não espera que o governo cumpra a meta de primário em 2025, embora reconheça que há chances de um resultado melhor diante da resiliência da atividade e do esforço na agenda de receitas.

“Esperamos déficit de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB), sendo 0,4% para efeitos da meta com exclusão de precatórios. Consideramos o cumprimento do limite de despesas, mas o tamanho exato do desafio dependerá principalmente da evolução do número de beneficiários de programas sociais”, dizem.

Os economistas ponderam, no entanto, que existem incertezas em relação à reação de política fiscal e parafiscal, frente à desaceleração da atividade em ano eleitoral.

Por fim, os economistas ressaltam que o câmbio bate com defasagem nas contas externas, mas deve ajudar adiante. “Safra forte em 2025 e alguma moderação da atividade econômica também ajudam. Mas parte da piora nas contas externas é estrutural e deve se manter”.

O banco projeta um déficit em conta corrente de 2,3% do PIB em 2025 e 2% em 2026.

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Editora-assistente
Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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Editora-assistente no Money Times e graduada em Jornalismo pela Unesp - Universidade Estadual Paulista. Entrou para a área de finanças e investimentos em 2021.
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