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3 motivos para acreditar na recuperação da Bolsa

23 mar 2020, 16:54 - atualizado em 23 mar 2020, 16:54
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Esperança: para Franklin Templeton, coronavírus será grave, mas breve (Imagem: Reuters/Issei Kato)

A pandemia de coronavírus é grave, preocupante, mas, como tudo no mercado, será superada. A avaliação é de Grant Bowers, vice-presidente da Franklin Templeton, uma das maiores gestoras de investimento do mundo. Em artigo publicado no site da companhia, Bowers ressalta que há motivos para confiar na recuperação do mercado de ações.

“Acreditamos que o impacto [do coronavírus] será severo, mas de vida curta”, afirma. “Cremos que uma eventual recuperação do crescimento da economia americana é inevitável, já que nossos fundamentos de longo prazo permanecem intactos”.

Para Bowers, o elemento mais sensível da equação é a rapidez com que o consumo voltará ao nível pré-pandemia. Ele acrescenta que “o consumidor americano tem sido a força motora por trás da expansão econômica da última década, beneficiado pela baixa inflação, forte mercado de trabalho e aumento dos salários”.

Embora afirme que monitora de perto o nível de consumo nos Estados Unidos, o gestor aponta três motivos para confiar na retomada do mercado americano de ações.

1. A China começa a voltar ao normal

Bowers lembra que na China, onde a pandemia de coronavírus começou, os novos casos estão desacelerando, as pessoas voltam aos poucos à rotina e o consumo dá sinais de retomada. A Europa e os EUA devem seguir o mesmo caminho.

2. Novos estímulos públicos

Para o gestor, novas medidas fiscais e monetárias virão para combater os efeitos da pandemia na economia americana e mundial. Ele lembra que, no domingo retrasado, o Federal Reserve (banco central dos EUA) cortou a taxa básica de juros do país para zero.

3. Custos menores

A briga entre Rússia e Arábia Saudita para determinar o preço do petróleo derrubou sua cotação e arrastou as ações das petrolíferas. Para Bowers, isso pode ser péssimo para o setor, mas é um alívio para os consumidores e demais cadeias produtivas, já que o petróleo barato reduz a pressão sobre os custos.