Comprar ou vender?

3 ações do setor financeiro para evitar e 2 para comprar em meio aos balanços

27 abr 2023, 16:17 - atualizado em 27 abr 2023, 16:19
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Analistas chamam a atenção para a receita líquida de juros do cliente. (Foto: Flávya Pereira/Money Times)

Banco do Brasil (BBAS3) e BB Seguridade (BBSE3) seguem como as ações preferidas no setor financeiro para os analistas do Itaú BBA em meio a mais uma temporada de balanços. Para os especialistas do banco, ambas as empresas terão resultados mais resilientes e há chance de surpresas positivas com os números.

Bradesco (BBDC4), Santander Brasil (SANB11) e Banco Pan (BPAN4) são nomes para evitar, segundo o Itaú BBA, em relatório assinado por Pedro Leduc e equipe. “Apesar de serem ‘bem mapeados’ e negociados com avaliações aparentemente baixas, as impressões do 1T23 podem desencadear outra rodada de revisões para baixo das estimativas para o ano”.

Analistas veem um avanço tímido da carteira de crédito por conta de uma maior aversão maior ao risco por parte dos credores, após o rombo bilionário da Lojas Americanas (AMER3).

Eles calculam que o Bradesco apresente um lucro líquido de R$ 2,9 bilhões, queda 58% (7% ROE), Banco do Brasil reporte lucro de R$ 8,4 bilhões, alta de 26% (20% ROE), e BB Seguridade divulgue R$ 1,7 bilhão para a última linha do balanço, alta de 59% (ROE de 86%).

O Santander já apresentou o balanço, com uma queda de 46% do lucro, a R$ 2,1 bilhões. 

Para o Itaú BBA, o lucro do BB Seguridade deve levar a uma revisão para cima do guidance. “As reservas para pensões deverão continuar a crescer com as altas taxas de juro e os resultados operacionais não decorrentes de juros devem avançar 60% na base anual”, disse.

O crescimento da receita, destacou, continuará robusto na emissão de prêmios com os produtos Rural e Prestamista. Os índices de sinistralidade seguirão “bem comportados”, afirmaram os analistas.

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Carteiras com menor risco

No geral, os analistas chamam a atenção para a receita líquida de juros do cliente, com pouco crescimento sequencial em um reflexo de carteiras de menos arriscadas e um mix de captação pior. Eles ainda falam em crescimento da carteira de empréstimos e receitas de serviços no limite inferior das faixas de orientação.

“Os créditos não produtivos devem continuar a aumentar sequencialmente entre os players de varejo e PMEs (não tanto para grandes empresas), como esperado, portanto, não pressionando os números de orientação de provisão”, afirmaram os analistas, que não cobrem as ações do Itaú.

“As despesas operacionais provavelmente pressionarão as margens dos players com uma receita líquida fraca. E prevemos outro trimestre de divergência relevante nos lucros dos bancos com base em sua composição de portfólio individual e estratégias de gerenciamento de ativos e passivos”.