3 ações do agronegócio para fugir em 2023 (e são todas frigoríficos), diz Santander
Este setor é um dos mais pujantes da economia brasileiro. Afinal, qual é o investidor que não quer ser sócio do ramo que puxa o PIB do país nas costas. No entanto, nem todas as ações do agronegócio estão valendo à pena em 2023.
O Santander é quem faz o alerta e lista três companhias do agronegócio que o investidor deveria passar longe ou ao menos ligar o sinal de alerta no ano que vem. E são todas ações de frigoríficos.
A Bolsa brasileira tem atualmente quatro frigoríficos com ações listadas, ou seja, apenas um deles se salva das previsões do Santander em 2023.
O Minerva Foods (BEEF3) é a preferência do banco, com recomendação de compra e preço-alvo elevado de R$ 19 para R$ 20 nos próximos 12 meses. No acumulado de 2022, a ação soma valorização de 24,8%.
Frigoríficos na berlinda
Apesar de suas ações terem disparado quase 8% nesta quarta-feira (28), a BRF (BRFS3) teve sua recomendação rebaixada de compra para manutenção pelos analistas do Santander.
Os analistas Rodrigo Almeida e Laura Hirata, responsáveis pela recomendação, também cortaram em 42% o preço-alvo da BRF em 2023, que antes era de R$ 24 e passa a ser de apenas R$ 14.
O principal motivo apontado pelos especialistas é a ausência de detalhes sobre o plano estratégico da BRF e a redução dos preços de grãos, que impactam diretamente nos custos de ração animal e, consequentemente, nas margens do frigorífico.
Tanto a JBS (JBSS3) quanto a Marfrig (MRFG3) merecem a cautela do investidor em 2023, de acordo com o Santander, que segue com recomendação de manutenção para ambas empresas.
No caso da Marfrig, o banco reduziu o preço-alvo em 20% no ano que vem de R$ 15 para R$ 12. Já a JBS teve o seu preço-alvo cortado em 18% no mesmo período, de R$ 40 para R$ 32,80.
A elevada exposição de ambos frigoríficos ao mercado bovino dos Estados Unidos é um ponto de atenção em 2023, com a virada do ciclo do gado.