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2T24: O que esperar da temporada de balanços das empresas da B3?

18 jul 2024, 15:09 - atualizado em 18 jul 2024, 15:09
2t24
Temporada de balanços do 2T24 ganha mais tração no fim de junho e começo de agosto (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

A temporada de balanços do segundo trimestre de 2024 (2T24) já está aberta e começa a ganhar tração no fim de julho, com o mercado atento aos números das empresas da Bolsa, especialmente as que compõem o Ibovespa (IBOV).

Entre as blue chips, ações com maior volume de negociação, a Vale (VALE3) divulga seus números no dia 25 de julho, Ambev (ABEV3) em 1º de agosto, Itaú Unibanco (ITUB4) em 06 de agosto e Petrobras (PETR4) em 8 de agosto.

Cada setor enfrenta seus próprios percalços, mas no pano de fundo do mercado a taxa Selic no patamar de 10,50% e o risco fiscal seguem no radar dos investidores e pairando sobre as empresas. No exterior, há expectativas para corte nos juros dos Estados Unidos em setembro. Ainda, a valorização do dólar e commodities impactam diversos setores.

No Giro do Mercado — programa ao vivo do Money Times no YouTube — desta quinta-feira (18), Rafael Passos, sócio fundador da Ajax Asset, ponderou que há expectativa de crescimento de lucro no segundo trimestre. Para ele, os principais gatilhos ainda devem se concentrar em um dólar mais forte e no desempenho das commodities.

“De forma geral, caminha para ter um crescimento relativamente positivo e sólido, e com esses dois pilares que devem movimentar mais forte os balanços”, avalia.

Petrobras e Vale: o que esperar das duas gigantes?

Focando nas blue chips, Passos aponta que o setor de óleo e gás tende a ter um desempenho mais positivo, impactado pelo dólar forte, o que pode beneficiar a Petrobras e as petroleiras juniores. Especificamente sobre a estatal, o analista aponta que vem deixando aquém do esperado no quesito produção.

“Quando a gente olha os relatórios, seja de maio ou um pouco antes, ela tem mostrado algumas quedas nos indicadores de produção […] A gente pode ter alguma fraqueza no lado operacional de Petrobras, o que deve ser compensado pelo dólar valorizado”, pondera.

Em termos de fluxo de caixa, ele aponta que deve continuar uma trajetória mais positiva, muito mais por conta de commodity e dólar do que por produção. Já sobre os aguardados dividendos da petrolífera, Passos comenta que, por enquanto, ela ainda se mostra uma forte pagadora de proventos, tendo em vista que não foram apresentadas mudanças na política pela atual CEO, Magda Chambriard.

Sobre Vale, ele aponta que a mineradora é mais previsível, com os dados de produção sendo indicativos firmes sobre os resultados da companhia. Esses, Passos avalia como neutros, com a divisão de metais básicos podendo atrapalhar um pouco mais o balanço da companhia.

“De forma geral, não esperamos nenhuma grande surpresa com o que a gente já viu nos dados de produção. Mas, bem na linha da Petrobras, Vale consegue compensar essa fraqueza de demanda com um minério de maior qualidade, então a gente viu alguns destaques aqui em termos de minério da Vale que provavelmente devem compensar alguma fraqueza de volume”.

Para ele, mineradoras e siderúrgicas em linhas gerais tem um cenário favorável com o elevado patamar do dólar, o que pode se refletir nos balanços do 2T24.

Veja as análises sobre o 2T24 na íntegra:

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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