Balanços do 2T22: Veja o calendário de resultados das empresas da Bolsa

A temporada de resultados do segundo trimestre de 2022 (2T22) está em andamento. Os balanços do período devem continuar a evidenciar impactos da inflação global em alta e disrupções nas cadeias de produção.

O segundo trimestre foi marcado pelo aumento do temor do risco de recessão, principalmente nos EUA. Com a inflação do país atingindo os maiores patamares desde 1980, o Federal Reserve (Fed) iniciou seu processo de alta de juros no início do ano, na tentativa de trazer a inflação de volta para sua meta, ao redor de 2,0%.

No entanto, com a alta dos preços chegando em níveis recordes e sem dar sinais de arrefecimento, o banco central americano passou a sinalizar altas de juros maiores. A retirada de estímulos pode levar à contração de demanda, e uma desaceleração econômica.

O mercado segue atento e com dúvidas se o Fed conseguirá levar a economia americana a um pouso suave, isto é, uma leve desaceleração, ou se a recessão americana virá de maneira mais profunda.

Como resultado dessas preocupações, o Ibovespa caiu 17,9% durante o segundo trimestre deste ano, em reais.

Em dólares, a queda foi de 25,2%, enquanto o S&P 500 caiu 16,5% e o MSCI ACWI em dólares – uma referência para o desempenho dos mercados globais, recuou 16,1%.

O que esperar dos balanços no geral?

O mercado espera uma redução do Lucro por Ação (LPA) das empresas do Ibovespa em 8%, provavelmente explicado pelo aumento do risco de recessão, segundo a XP Investimentos.

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Já em relação ao Lucro Operacional (EBITDA) das empresas, o mercado espera uma alta de 8%. Para a receita, o consenso espera uma pequeno aumento em relação ao 2T21.

Por setor, a XP destaca:

1. Bancos: devem apresentar resultados sólidos, se beneficiando do robusto crescimento do crédito;
2. Varejo alimentar, com destaque para o atacarejo: deverá registar uma forte aceleração na recuperação do B2B;
3. Petróleo e Gás: deve ser beneficiado pelos altos níveis dos preços médios do petróleo Brent durante o trimestre;
4. Shoppings: continuarão mostrando uma forte recuperação, especialmente para carteiras dominantes com maior exposição no segmento de alto padrão;
5. Farmácias: deve ser beneficiado pela aceleração do crescimento, impulsionada pela demanda ainda sólida por medicamentos/OTCs e pelo reajuste de preços de abril;
6. Varejistas de alta renda: são destaque porque vem surpreendendo com resultados acima das expectativas mesmo frente ao cenário macroeconômico mais desafiador.

Veja o calendário dos balanços:

Fontes: calendários de eventos corporativos e sites de RI das empresas. Levantamento realizado pelo Seu Dinheiro, empresa que pertence ao mesmo grupo que o Money Times.

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