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O que está mexendo com o Ibovespa nesta tarde?

13 ago 2020, 12:38 - atualizado em 13 ago 2020, 12:40
Mercados
Veja os destaques do dia (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

1. Balanços trimestrais movimentam a bolsa nesta quinta-feira (13)

Ibovespa avançava nesta quinta-feira, com Via Varejo (VVAR3) entre os destaques de alta após reverter prejuízo e mostrar lucro trimestral, mas o fôlego era atenuado pela fraqueza externa sem novidades sobre novos estímulos fiscais nos Estados Unidos.

Por volta das 12:40, o Ibovespa subia 0,33%, a 102.455,56 pontos. O volume financeiro era de 6,2 bilhões de reais.

No Brasil, a temporada de resultados trimestrais também trouxe números de empresas como BRF e Eletrobras, e reserva para o final do dia uma bateria de balanços, incluindo JBS e B3.

2. Trump chama exigências de democratas de “ridículas” em meio a impasse por ajuda ao coronavírus

O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, acusou na quarta-feira os democratas do Congresso de não quererem negociar um pacote de ajuda devido ao coronavírus porque ele se recusa a concordar com pedidos de gastos “ridículos” não relacionados à pandemia.

As declarações de Trump foram feitas depois que negociadores democratas e republicanos trocaram acusações durante um lapso de cinco dias nas negociações sobre uma legislação de alívio.

O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, principal negociador de Trump, questionou uma declaração de dois democratas no Congresso de que os republicanos buscaram mais negociações mas recusaram qualquer movimento sobre a sua oferta inicial de 1 trilhão de dólares, que é menos de um terço do que a Câmara controlada pelos democratas aprovou em medida em maio.

“De novo deixamos claro para o governo que estamos dispostos a retomar as negociações quando eles começarem a assumir seriamente esse processo”, disseram a presidente da Câmara, Nancy Pelosi, e o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, em comunicado.

3. China espera que EUA criem condições para implementação de Fase 1 do acordo comercial

China espera que os Estados Unidos parem de tomar medidas restritivas e discriminatórias contra as empresas chinesas e criem condições para a implementação da Fase 1 de seu acordo comercial, disse o ministro adjunto do Comércio chinês, Ren Hongbin, nesta quinta-feira.

Autoridades dos EUA e da China devem analisar o acordo durante uma videoconferência neste fim de semana e devem expor suas queixas sobre um relacionamento cada vez mais tenso.

Ren disse em entrevista coletiva que a pandemia de coronavírus e as medidas de controle de exportação dos EUA sem dúvida tiveram um impacto nas compras chinesas de bens e serviços norte-americanos.

Entre janeiro e julho, as importações da China vindas dos Estados Unidos caíram 3,5% em relação ao ano anterior, ficando aquém dos compromissos assumidos na Fase 1 do acordo comercial para aumentar as compras de produtos norte-americanos.

4. Serviços voltam a crescer em junho após 4 meses, mas Covid-19 ainda pesa

O volume de serviços do Brasil voltou a aumentar em junho depois de quatro meses de quedas diante do afrouxamento do isolamento social para contenção do coronavírus, mas ainda está distante de retornar aos níveis pré-pandemia e destaca a dificuldade de recuperação do setor.

O setor de serviços apresentou em junho avanço de 5,0% sobre maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira. O resultado, entretanto, fica longe de recuperar as perdas acumuladas de 19,5% dos quatro meses anteriores.

Destacando ainda mais os impactos das medidas de isolamento sobre um dos principais setores da atividade econômica, o volume de serviços apresentou recuo de 12,1% em relação ao mesmo mês do ano passado, quarta taxa negativa.

Além disso, mesmo com o resultado mensal de junho sendo o segundo mais alto da série iniciada em janeiro de 2011, o volume de serviços ficou 14,5% abaixo do patamar registrado em fevereiro, último mês antes da implementação das medidas contra a Covid-19.

5. Azul tem prejuízo de R$ 2,9 bilhões no 2º trimestre afetada por pandemia e câmbio

A Azul (AZUL4) teve prejuízo de 2,9 bilhões de reais no segundo trimestre, revertendo lucro líquido de 351,6 milhões registrado no mesmo período de 2019, em resultado fortemente afetado pelas medidas de isolamento social, além de efeito cambial.

“O segundo trimestre de 2020 foi, sem dúvida, o mais desafiador da história da aviação”, afirmou o presidente da companhia aérea, John Rodgerson, no material de divulgação do balanço nesta quinta-feira.

No segundo trimestre, a receita líquida total somou 401,6 milhões de reais, um tombo de 85% sobre o faturamento de um ano antes.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ficou negativo em 324,3 milhões de reais, ante resultado positivo de 733,2 milhões no segundo trimestre do ano passado.