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2025 é o ano dos Fiagros? Para analistas, cenário inspira cautela, mas pode haver uma ‘janela de oportunidade’ com Selic mais alta

11 dez 2024, 18:53 - atualizado em 11 dez 2024, 18:53
fiagros selic
(Imagem: Pixabay/@alexsander)

O ano de 2024 ficou marcado por um desempenho ruim para os Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas do Agronegócios (Fiagros), com poucos apresentando resultados positivos.

Segundo Caio Nabuco, analista da Empiricus Research, não ocorreram grandes mudanças em termos de preços, oferta e demanda para as principais culturas que são base dos fundos.

“Vemos uma pressão nos grãos, principalmente soja e milho, enquanto há melhores margens para açúcar e etanol. Nos últimos meses, a desvalorização do real frente ao dólar traz mais competitividade para soja e milho nas exportações. Apesar disso, continuamos vendo margens pressionadas ao longo da cadeia e não descartamos novos eventos de crédito ao longo de 2025”, explica

Para ele, dado que os Fiagros estão bem descontados em relação ao valor patrimonial, uma perspectiva de investimento atual é marginalmente mais favorável quando comparado ao início de 2024. “Contudo, permaneço com uma postura cética para a categoria dado o nível de risco de crédito ainda elevado ao longo da cadeia”.

Éxes enxerga uma ‘janela de oportunidade’ para os Fiagros

De acordo com Artur Carneiro, sócio-fundador da Éxes, grupo especializado em crédito privado, que conta com R$ 1 bilhão sob gestão e fundos ligados ao agronegócio, o ano de 2024 foi difícil, com preços dos grãos em baixa e preocupações com questões climáticas.

“Vimos uma queda menor que o esperado na produção de soja de 22/23 para 23/24, saindo de 154 milhões de toneladas para 147 milhões de toneladas. Veio a Recuperação Judicial da AgroGalaxy (AGXY3), que foi a ‘pá de cal’ do ano e que lembrou o caso da Americanas, o que fez com que os Fiagros tivessem uma queda substancial”.

Na visão de Carneiro, o 2024 ruim dos fundos representa um 2025 cheio de oportunidades, principalmente por conta da perspectiva de elevação da Selic.

“No caso dos Fiagros, vemos a maior parte dos ativos indexados ao CDI. Os prêmios oferecidos são atrativos, e há a isenção de Imposto de Renda. Existe um desconto muito importante nos fundos, uma janela de oportunidade”.

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Repórter
Formado em Jornalismo pela Universidade São Judas Tadeu. Atua como repórter no Money Times desde março de 2023. Antes disso, trabalhou por pouco mais de 3 anos no Canal Rural, onde atuou como editor do Rural Notícias, programa de TV diário dedicado à cobertura do agronegócio. Por lá, também participou da produção e reportagem do Projeto Soja Brasil e do Agro em Campo.
pasquale.salvo@moneytimes.com.br
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