‘2024 marcará um ano de rentabilidade para a AgroGalaxy (AGXY3)’; CFO fala sobre ações e 3 pilares para reestruturação
Nesta quarta-feira (13), o Agro Times conversou com Eron Martins, diretor financeiro (CFO) e de relações com investidores da AgroGalaxy (AGXY3), além de Welles Pascoal, CEO da companhia.
De acordo com Martins, o terceiro trimestre de 2023 (3T23) foi uma prestação de contas do que havia sido sinalizado pela companhia no 2T23.
“2023 foi um ano de ajuste no agronegócio, mas o 3T23 mostrou que a gente está no caminho certo em função de três pilares, entre eles a retomada de margem. Em um ano de ajustes, [também] vemos crescimento nas nossas margens, o que significa que fizemos nossa lição de casa, com controle dos descontos que se dá na ponta, mas também conhecimento dos preços de ponta para trazer os fornecedores para fazermos bons negócios”, diz.
Houve uma redução de R$ 50 milhões em despesas na comparação com o mesmo trimestre do ano passado, muito em função da reestruturação feita pela empresa.
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O terceiro ponto fica por conta do capital de giro da AgroGalaxy. “Controlamos a inadimplência abaixo de um dígito, fizemos cobranças. Infelizmente, negativamos alguns produtores, mas isso se traduziu em redução dessa inadimplência. Além disso, fizemos um controle muito preciso do nosso nível de estoques, bem abaixo do que tínhamos no ano passado, mas que se traduziu em melhoria no capital de giro”, completa.
O que esperar da AgroGalaxy em 2024?
O CFO enxerga 2024 como um ano marcado pela rentabilidade.
“2024 será focado nessa consolidação do trabalho feito. Vamos focar em rentabilizar a nossa operação, gerar caixa. Temos mais de 60 lojas abertas desde 2019 e, com isso, é momento de concentrarmos as nossas energias para extrair o máximo de valor. Eventualmente, uma loja ou outra pode ser fechada, mas isso é normal dentro do varejo, já que buscamos a melhor geração de valor para a empresa e para os acionistas”, ressalta.
E as ações?
Em um ano, de acordo com o TradeMap, as ações da AgroGalaxy caíram 54,23%.
Na visão de Martins, a empresa está se posicionando com maior rentabilidade e geração de caixa para 2024.
“Buscamos uma AgroGalaxy mais robusta, capaz de enfrentar a dinâmica do agronegócio. O setor tem essa característica de, de tempos em tempos, passar por um período de ajuste, e as empresas que são robustas no seu balanço, nos seus resultados, são as que têm a melhor capacidade para lidar com essas questões”, finaliza.
Você confere essa entrevista na íntegra no YouTube do Money Times ao longo dos próximos dias.