2023 será o ano do varejo? Veja a resposta do BTG Pactual
Analistas do BTG Pactual citaram em relatório a clientes que veem varejistas brasileiras pressionadas pelos cenários macro no país e no exterior, apesar de sinais positivos, como a queda no desemprego.
“Continuamos conservadores na exposição ao setor de varejo, com um mix preferencial de empresas expostas à reabertura da economia, mas com algum poder de precificação, proteção contra a inflação e bom momento”, afirmaram Luiz Guanais e equipe.
Eles citaram como exemplo a fabricante de calçados e acessórios Arezzo e plataforma de comércio eletrônico Mercado Livre, apontando esta última como um grande destaque no segmento de e-commerce.
No relatório da noite de terça-feira, o BTG também avalia que a volatilidade de curto prazo pode favorecer nomes mais resilientes, como a rede de varejo farmacêutico RD e varejo alimentar, com destaque para Assaí.
De acordo com os analistas, mudanças nas políticas monetária e fiscal do cenário global provavelmente causarão mais ventos contrários aos consumidores no Brasil em 2023.
Eles destacaram que taxas de juros mais altas resultarão em maiores custos da dívida e deixarão os consumidores com menos recursos financeiros para gastar em outras categorias.
Também apontaram que medidas fiscais, que limitaram alguns efeitos da inflação para os consumidores e apoiaram o poder de compra, principalmente das famílias de baixa renda, devem ser examinadas em 2023, já que os países enfrentam custos de empréstimos mais altos.
No Brasil, destacaram que as vendas do setor têm sido impulsionadas principalmente por aumentos de preços, enquanto os volumes têm se mantido estáveis, com níveis muito semelhantes em relação ao pré-pandemia, também refletindo o quão sensível a demanda tem sido a preços mais altos.