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2022 acabou e tudo mudou desde 2019. E você já mudou?

20 dez 2022, 9:12 - atualizado em 20 dez 2022, 9:16
Salários: pesquisa revela que profissionais mais requisitados durante a pandemia receberam aumento acima da inflação
Ano de 2022 encerra pouco mais de mil dias após o início da pandemia, que transformou o marketing de negócios ao novo normal (Imagem: Konstantin Evdokimov/Unsplash)

*Por Cezar Augusto Gehm Filho

Estamos fechando 2022. São pouco mais de mil dias após o início da pandemia. Olhando para trás, é impossível dizer que teríamos feito tudo o que fizemos de transformação nos negócios para se adequar ao novo normal se não tivéssemos a covid-19 no cenário. Praticamente todos — de uma forma ou de outra, mais intensa ou mais sutil — tiveram de se adaptar.

Vendo pelo lado positivo, nós nos permitimos — ou nos obrigamos — a ter experiências diferentes das que estávamos acostumados a ter. Isso abriu inúmeras possibilidades de fazer algumas coisas que já fazíamos de formas diferentes. E como diz o ditado daqueles que amam viajar e ter novas experiências: sempre que eu volto para casa de uma viagem, não sou mais o mesmo.

Os filósofos dizem que, a partir de novas experiências, temos a possibilidade de ver o mundo de forma diferente. O grande Stephen Covey, escritor do best-seller “Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes” fala sobre isso como as lentes do óculos pelo qual vemos o mundo. Ou seja, para o mais próximo do normal que a nossa vida possa ter voltado, não vemos mais a nossa vida como a víamos três anos atrás.

2023 não será como em 2019

Aonde quero chegar com essa reflexão? Se não somos mais os mesmos (falo em sentido amplo, em escala global), significa que todos os pressupostos de marketing que tínhamos até então precisam ser revisitados. Aquelas personas definidas — pelo que pensam, sentem, fazem, ouvem e falam — já não mais pensam, sentem, fazem, ouvem e falam como em 2019.

Estranho que muitos empreendedores, comunicadores, marqueteiros, vendedores e outros profissionais reclamam do quanto difícil está de gerar os resultados pretendidos. Detalhe: eles estão buscando repetir as mesmas ações de sempre, mas num contexto imensamente impactado por mudanças.

Quando uma pessoa muda, sua forma de enxergar o mundo também muda. E para nós, pessoas de negócios, essa mudança precisa ser acompanhada — quer a gente queira ou não.

Pessoas são o vetor mais importante de um negócio. Então, você já mexeu nos seus planos para o próximo ano, com a perspectiva de que seus consumidores já não são mais os mesmos? Espero sinceramente que sim.

*Cezar Augusto Gehm Filho é CEO da PipeRun, administrador de empresas, com MBA em Gestão Empresarial e membro do Angel Investor Club.

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