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2020 e o estado sem fronteiras das DeFi

09 jan 2020, 10:41 - atualizado em 09 jan 2020, 10:41
usdc stablecoin
USDC, moeda da Circle e da Coinbase, pode ser a stablecoin com mais dominância nesta nova década, destronando DAI, da Maker (Imagem: Medium/Joao Reginatto)

Binance Research, em conjunto com DappReview, sua mais recente aquisição, publicou um relatório sobre o estado das DeFi em 2019 e fornecendo análise sobre o próximo ano.

O relatório informou que havia cerca de 40 mil usuários mensais das aplicações DeFi. No início do ano, esse número era praticamente das corretoras descentralizadas. No entanto, recentemente, aplicações que não são de corretoras, particularmente empréstimos, começaram a aumentar rapidamente.

Em termos de número de projetos ativos (medido por >50 usuários ativos), havia cerca de 20 até o fim do ano, mais de 10 em relação ao início do ano.

Dai continua sendo a stablecoin dominante, porém sua maior adversária, usdc, vem ganhando importância.

Apesar de não ser tecnicamente descentralizada, usdc não é apenas maior (US$ 468 milhões vs US$ 116 milhões), mas se manteve na taxa fixa de US$ 1.

Compound começou a fornecer suporte para usdc e possui, nos últimos três meses, US$ 30 milhões retidos em usdc.

Fora da Ethereum, projetos DeFi foram criados, como EOSDT e Acueos, que servem como contrapartes baseadas na EOS para Dai e Compound, respectivamente.

Até agora, esse e outros projetos não ganharam tração significativa, mas esse cenário pode mudar conforme mais soluções de interoperabilidade entre os blockchains forem sendo lançadas.

O crescimento das aplicações DeFi foi, sem dúvidas, um dos temas mais proeminentes em 2019. No entanto, o número escasso de uso mostram o caminho que esse setor ainda precisa percorrer.

Narrativas emergentes como o declínio da dominância da Maker e da competição da Dai, ambas dentro e fora do ecossistema da Ethereum, serão importantes de se acompanhar dada sua importância nas DeFi.