Eleições

2018 x 2022: Os famosos que pularam de barco na disputa do PT contra Bolsonaro

25 out 2022, 17:25 - atualizado em 25 out 2022, 17:32
Ação para fugir de Lula e Bolsonaro
Veja quem mudou de opinião entre os candidatos nas eleições (Imagem: Reprodução)

No dia 30 de outubro, a população brasileira vai às urnas decidir quem irá assumir a presidência do país ao longo dos próximos 4 anos.

A eleição de 2022 está, desde o primeiro turno, polarizada entre o atual presidente, Jair Bolsonaro (PL), e o ex-presidente Lula (PT). Em 2018, Bolsonaro também foi ao segundo turno com um petista, na época, Fernando Haddad.

O apoio de figuras públicas tem se destacado nestas eleições, com o posicionamento público de famosos para ambos candidatos.

Lula: Quem são os famosos que apoiam o candidato na eleição de 2022?

Bolsonaro: Quem são os famosos que apoiam o candidato na eleição de 2022?

Neste contexto, de 2018 para 2022, figuras públicas mudaram seu posicionamento, tanto famosos que apoiavam Bolsonaro e passaram a apoiar Lula neste ano, quanto quem apoiou Haddad em 2018 e, agora, apoia Bolsonaro.

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Quem pulou do barco?

A mudança no posicionamento dos famosos foi observada por meio de publicações nas redes sociais, tanto diretamente ao lado dos candidatos em questão quanto por meio de símbolos que os representam.

Alexandre Frota 

Alexandre Frota, ator e deputado federal tirou fotos com Jair Bolsonaro e chegou a se filiar ao PSL, na época partido de Bolsonaro.

Entretanto, após ter criticado publicamente o governo do atual presidente, Frota foi expulso do partido. Atualmente, apoia o candidato Lula.

Luísa Mell

Reconhecida como ativista da causa animal, Luísa Mell também posou em fotos ao lado de Jair Bolsonaro e da primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Entretanto, em 2022, declarou publicamente seu apoio para Lula.

Cássia Kiss

A atriz Cássia Kiss é um caso oposto aos dois anteriores. Anteriormente favorável a Lula, tendo inclusive criticado atitudes de Bolsonaro em momento crítico da pandemia.

Em 2022, a atriz defende Jair Bolsonaro.

Marcelo Madureira

O humorista Marcelo Madureira é reconhecido pelas críticas feitas ao candidato do PT. Entretanto, em 2022, declarou seu voto em Lula.

Danilo Gentili 

O apresentador e humorista Danilo Gentili se manifestou contra Haddad em 2018, destacando que com a eleição do petista, havia certeza de que tudo daria errado, contudo, com a eleição de Bolsonaro, existia ainda a dúvida sobre se iria dar errado ou não.

Em 2022, Gentili não apoia nenhum dos candidatos, fazendo críticas a ambos em seu perfil no Twitter.

Fagner

Apoiador de Bolsonaro em 2018, o cantor Fagner declarou seu voto para o atual presidente na época, contudo, expõe arrependimento desde então.

Contudo, assim como Gentili, em 2022 não se posicionou a favor de nenhum dos candidatos.

Lobão 

Lobão foi outro apoiador de Bolsonaro em 2018, se manifestando de forma expressiva a favor do candidato e contra Fernando Haddad.

Apesar de não ter declarado seu apoio em 2022, o cantor realiza duras críticas contra Bolsonaro.

Em entrevista ao Uol, em 2021, disse que “Furúnculo chamado Bolsonaro tem que ser expelido do governo, punido e preso”.

Impacto nos resultados da eleição

Segundo pesquisa da Opinion Box, 77% dos brasileiros seguem influenciadores nas redes sociais, sendo mais comum entre mulheres e jovens.

O estudo destaca que entre as pessoas de até 30 anos, especialmente, 9 em cada 10 disseram seguir influenciadores. Pessoas de diferentes classes sociais e entre as regiões do Brasil, porém, não apresentam comportamentos distintos.

Para Aníbal Chaim, doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo e autor do livro “Futebol, Corações e Mentes”, o resultado desse apoio político pode impactar os candidatos em diferentes níveis.

“Depende do candidato. Se for um candidato com base digital ativa, baixo impacto. Se for um candidato sem presença nas redes, pode ser alto”, explica.

Para Chaim, a tendência de posicionamento das personalidades pode ser explicada por dois aspectos, sendo eles uma imposição realizadas pelas redes sociais de sinalização, bem como o objetivo de se destacar perante ao público.

“Por um lado, a demanda constante de sinalização de virtude imposta pelas redes sociais. Por outro, o desejo de personalidades de manterem-se em evidência, já que a política é hoje o maior holofote público do Brasil. Para o bem e para o mal”, diz.

Aníbal Chaim aponta ainda que o compartilhamento de conteúdo político depende de pessoas politizadas, portanto mais importante que influenciadores são as pessoas que compartilham seu conteúdo.

Dessa forma, um grande influenciador sem base politizada impacta pouco. Já um pequeno influenciador com base politizada impacta muito.

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