2018 é tão 2007 que não dá para ignorar, alerta banco francês
O achatamento “anormal” nos prêmios de risco de títulos de emissores de alta qualidade nos Estados Unidos, Europa e Reino Unido preocupa Patrick Artus, economista-chefe do banco francês Natixis.
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Em relatório enviado a clientes, ele compara o otimismo de 2018 com o otimismo de 2007, um ano antes da quebra da Lehman Brothers. E alerta: “O otimismo atual não significa que outra crise não vai ocorrer”.
Além dos prêmios de risco e do otimismo, Artus vê semelhanças entre 2007 e 2018 na sincronia do crescimento mundial, no aumento dos preços dos ativos (imóveis e ações) sem reação da política monetária e, nos Estados Unidos, uma alta no endividamento das empresas e nas recompras de ações.
“Essas semelhanças e a presença de desequilíbrios financeiros idênticos devem dar motivos para se preocupar com a situação atual. Desde a crise de 2008, as famílias, como se sabe, se desalavancaram nos países da OCDE, mas os governos se endividaram ainda mais”, diz o economista-chefe do Natixis.