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1T22: Veja o banco que deve entregar os resultados mais fortes, segundo Goldman Sachs

18 abr 2022, 16:05 - atualizado em 18 abr 2022, 16:05
Banco do Brasil
Para o Goldman Sachs, o Banco do Brasil deve apresentar o avanço anual de lucro mais forte entre os bancos brasileiros (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

O fim de abril marca o começo de uma nova safra de resultados corporativos no Brasil. Bancos e corretoras já começaram a divulgação de suas apostas para diferentes setores.

No caso do setor bancário, o Goldman Sachs prevê uma temporada com tendências positivas. Os bancões brasileiros devem apresentar ROEs (retorno sobre o patrimônio líquido) relativamente estáveis, enquanto as NIMs (margens líquidas de juros) seguirão mostrando resiliência e o custo de risco permanecerá sob controle, avalia a instituição.

Na avaliação dos analistas, os resultados devem vir positivamente marcados por um crescimento saudável de empréstimos, mesmo com NPLs (créditos não produtivos) mostrando deterioração.

“No Brasil, achamos que os bancos devem manter as mesmas tendências operacionais sólidas do quarto trimestre de 2021 (crescimento de empréstimos, melhor mix), mitigado por uma retomada gradual em NPLs e possivelmente menores taxas de cobertura”, comentam Tito Labarta, Tiago Binsfeld, Beatriz Abreu e Nicholas Walker, do time de análise do Goldman, em relatório divulgado na última quinta-feira (14).

Destaque da temporada

Para o Goldman, o Banco do Brasil (BBAS3) deve apresentar o avanço anual de lucro mais forte entre os bancos brasileiros, apesar da expectativa de resultados estáveis na base trimestral.

Analistas da instituição estimam lucro líquido de R$ 5,83 bilhões para o Banco do Brasil, representando um avanço de 19% em relação ao primeiro trimestre de 2021.

A estimativa para o crescimento de empréstimos é de 14% no comparativo anual, puxada por maiores linhas de spread, como empréstimos pessoais e cartões de crédito.

“Esperamos que a companhia mostre spreads ligeiramente melhores, dada a reprecificação e o limite de despesas em depósitos de poupança”, comentam os analistas.

O Goldman espera que a companhia reporte provisões para perdas com empréstimos na casa dos R$ 3,4 bilhões, implicando despesas anualizadas próximas à mínima do guidance previsto para o ano todo, de R$ 13-16 bilhões.

A expectativa para o ROE do Banco do Brasil é de que atinja 16% no primeiro trimestre.

O Goldman tem recomendação de compra para Banco do Brasil e Bradesco (BBDC4), com preços-alvo de, respectivamente, R$ 48 e R$ 26.

Para Itaú Unibanco (ITUB4) e Santander Brasil (SANB11), a recomendação é neutra. Os preços-alvo sugeridos são de R$ 28 para o primeiro nome e R$ 36 para o segundo.

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Editora-assistente
Formada em Jornalismo pela Universidade Presbiteriana Mackenzie. Atua como editora-assistente do Money Times há pouco mais de três anos cobrindo ações, finanças e investimentos. Antes do Money Times, era colaboradora na revista de Arquitetura, Urbanismo, Construção e Design de interiores Casa & Mercado.
diana.cheng@moneytimes.com.br
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