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18 ações serão impactadas pela reoneração da folha

30 mar 2017, 19:53 - atualizado em 05 nov 2017, 14:06

bovespa

O governo anunciou na quarta-feira (29) a reversão da desoneração da folha de pagamento criada em 2011 com a ideia de incentivar alguns setores da economia. Dos 56 beneficiados desde então, a equipe de Henrique Meirelles anunciou mudanças em 52 deles.

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Agora, essas empresas que pagam entre 2,5% ou 4,5% do faturamento para a Previdência Social terão que pagar os antigos 20% da folha de pagamento.

A desoneração será mantida apenas para os setores de transporte rodoviário coletivo de passageiros, de transporte ferroviário e metroviário de passageiros, de construção civil e obras de infraestrutura e de comunicação. 

A equipe do Itaú BBA avaliou impacto dessa medida sobre as ações a qual têm cobertura e chegou a um número de 18 empresas impactadas negativamente. Veja, abaixo, a lista preparada pelo banco de investimentos:

Tecnologia:

Totvs (TOTS3): Considerando apenas as operações da Totvs (sem a Bematech, principalmente) e assumindo que a folha de pagamentos cresce a 90% da velocidade do crescimento das receitas, estimamos um impacto negativo de 7% sobre o total do EBITDA da empresa e de 4% sobre o valor justo das ações.

Linx (LINX3): A estimativa seria revisada aproximadamente 8% para baixo e o valor justo cairia por 5% (para R$ 17,10), assumindo um crescimento da folha de pagamentos de 90% do crescimento das receitas.

Açúcar e Etanol:

São Martinho (SMTO3): Impacto anualizado de R$ 59,8 milhões (3,15% do EBITDA 2018).

Alimentos e Bebidas:

BRF (BRFS3): Impacto anualizado de R$ 265,8 milhões (4,4% do EBITDA 2018).

JBS Beef: Impacto anualizado de R$ 3,1 milhões (0,1% do EBITDA 2018).

JBS Foods: Impacto anualizado de R$ 135,9 milhões (4,9% do EBITDA 2018).

Minerva (BEEF3): Impacto anualizado de R$ 0,9 milhão (0,1% do EBITDA 2018).

Marfrig (MRFG3): Impacto anualizado de R$ 1,0 milhão (0,1% do EBITDA 2018).

Ambev (ABEV3): Sem impactos.

Agricultura:

SLC Agrícola (SLCE3): Impacto anualizado de R$ 9,3 milhões (1,9% do EBITDA 2018).

Transportes:

GOL (GOLL4): Impacto anualizado em torno de R$ 110,0 milhões (1,1% das receitas).

Embraer (EMBR3): Impacto anualizado em torno de R$ 60,0 milhões no EBIT (1,0% da margem). Em 2017 o impacto será em torno de US$ 30 milhões e não está previsto no guidance da empresa.

Bens de Capital:

Tupy (TUPY3): Impacto anualizado de R$ 40,0 milhões em 2016 (1,2% das receitas e 10,0% do EBITDA).

Randon (RAPT4): Impacto anualizado de R$ 12 milhões em 2016 (0,5% das receitas e 8,5% do EBITDA).

Marcopolo (POMO4): Impacto anualizado de R$ 45 milhões em 2016 (1,7% das receitas e 12,7% do EBITDA).

Weg (WEGE3): Impacto anualizado de R$ 45 milhões em 2016 (0,5% das receitas e 3,2% do EBITDA).

Iochpe-Maxion (MYPK3): Impacto anualizado de R$ 25 milhões em 2016 (0,7% das receitas e 3,2% do EBITDA).

Mahle Metal Leve (LEVE3): Impacto anualizado de R$ 15 milhões em 2016 (0,7% das receitas e 4,3% do EBITDA).

Obs: o imposto sobre a receita variou de setor a setor e também ao longo dos anos. Para o setor de bens de capital, foi de 2,5% em 2016.

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