Comprar ou vender?

15 ações para sobreviver a 2025, segundo o Santander

20 dez 2024, 12:23 - atualizado em 20 dez 2024, 12:23
Ibovespa
Em relatório, o Santander lembrou que a economia brasileira enfrenta desafios significativos, o que inclui piora na situação fiscal (Imagem: iStock/sefa ozel)

O próximo ano não deverá ser dos mais fáceis para o investidor de renda variável, com expectativa da Selic chegar a 14,25% e o dólar pressionado. Justamente por isso, bancos e corretoras estão cautelosas para as ações.

Em relatório, o Santander lembrou que a economia brasileira enfrenta desafios significativos, o que inclui piora na situação fiscal, altas expectativas de inflação e uma moeda em desvalorização.

Além disso, o recente pacote de cortes de gastos do governo foi visto como insuficiente para estabilizar a trajetória da dívida em relação ao PIB, o que levou ao aumento da ansiedade dos investidores.

“Uma proposta para aumentar o limite de isenção de renda e introduzir um novo imposto sobre indivíduos de alta renda adicionou complexidade à perspectiva fiscal”, diz.

O banco argumenta que os ativos brasileiros estão baratos, mas será desafiador reverter essa tendência negativa sem medidas governamentais decisivas.

“Como resultado, prevemos uma fraqueza contínua dos preços dos ativos locais em 2025, interrompida por breves altas e períodos de estabilização”.

Dessa forma, o Santander espera que o Ibovespa chegue a 145 mil pontos até o final de 2025, um potencial de alta de 16%.

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Quais empresas comprar?

Segundo o Santander, é bom priorizar empresas com boa geração de ROIC (Return on Invested Capital), indicador financeiro que mede o retorno gerado por uma empresa em relação ao capital investido em suas operações.

“Espera-se que o mercado atribua um prêmio para criação de valor, com o valor da empresa excedendo o valor do capital investido. Pesquisas dão suporte a essa relação, mostrando que os mercados veem isso como um indicador crítico do desempenho corporativo”.

Nesse sentido, o banco lista papéis como WEG (WEGE3), Ambev (ABEV3), Direcional (DIRR3), BRF (BRFS3), Itaú (ITUB4), Porto Seguro (PSSA3), Raia Drogasil (RADL3), Totvs (TOTS3), Vivara (VIVA3) e SLC Agrícola (SLCE3).

“Com muitas das empresas acima já em nosso portfólio recomendado, decidimos fazer pequenas mudanças para acomodar a Raia Drogasil, que está bem classificada em ambas as análises”.

Também houve substituição da Eletrobras (ELET6) pela Copel (CPLE3). Segundo o Santander, a paranaense está mais protegida de pressões inflacionárias, dada sua exposição significativa ao segmento de distribuição.

Veja o portfólio completo abaixo:

Empresa Ticker
Itaú ITUB4
Petrobras PETR4
Sabesp SBSP3
Totvs TOTS3
Copel CPLE6
Raia Drogasil RADL3
Lojas Renner LREN3
Vale VALE3
Ambev ABEV3
Porto Seguro PSSA3
Direcional DIRR3
Mercado Livre
BRF BRFS3
SmartFit SMFT3
WEG WEGE3

 

Editor-assistente
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.
renan.dantas@moneytimes.com.br
Formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, cobre mercados desde 2018. Ficou entre os jornalistas +Admirados da Imprensa de Economia e Finanças das edições de 2022, 2023 e 2024. É editor-assistente do Money Times. Antes, atuou na assessoria de imprensa do Ministério Público do Trabalho e como repórter do portal Suno Notícias, da Suno Research.