15 ações para sobreviver a 2025, segundo o Santander
O próximo ano não deverá ser dos mais fáceis para o investidor de renda variável, com expectativa da Selic chegar a 14,25% e o dólar pressionado. Justamente por isso, bancos e corretoras estão cautelosas para as ações.
Em relatório, o Santander lembrou que a economia brasileira enfrenta desafios significativos, o que inclui piora na situação fiscal, altas expectativas de inflação e uma moeda em desvalorização.
Além disso, o recente pacote de cortes de gastos do governo foi visto como insuficiente para estabilizar a trajetória da dívida em relação ao PIB, o que levou ao aumento da ansiedade dos investidores.
“Uma proposta para aumentar o limite de isenção de renda e introduzir um novo imposto sobre indivíduos de alta renda adicionou complexidade à perspectiva fiscal”, diz.
O banco argumenta que os ativos brasileiros estão baratos, mas será desafiador reverter essa tendência negativa sem medidas governamentais decisivas.
“Como resultado, prevemos uma fraqueza contínua dos preços dos ativos locais em 2025, interrompida por breves altas e períodos de estabilização”.
Dessa forma, o Santander espera que o Ibovespa chegue a 145 mil pontos até o final de 2025, um potencial de alta de 16%.
Quais empresas comprar?
Segundo o Santander, é bom priorizar empresas com boa geração de ROIC (Return on Invested Capital), indicador financeiro que mede o retorno gerado por uma empresa em relação ao capital investido em suas operações.
“Espera-se que o mercado atribua um prêmio para criação de valor, com o valor da empresa excedendo o valor do capital investido. Pesquisas dão suporte a essa relação, mostrando que os mercados veem isso como um indicador crítico do desempenho corporativo”.
Nesse sentido, o banco lista papéis como WEG (WEGE3), Ambev (ABEV3), Direcional (DIRR3), BRF (BRFS3), Itaú (ITUB4), Porto Seguro (PSSA3), Raia Drogasil (RADL3), Totvs (TOTS3), Vivara (VIVA3) e SLC Agrícola (SLCE3).
“Com muitas das empresas acima já em nosso portfólio recomendado, decidimos fazer pequenas mudanças para acomodar a Raia Drogasil, que está bem classificada em ambas as análises”.
Também houve substituição da Eletrobras (ELET6) pela Copel (CPLE3). Segundo o Santander, a paranaense está mais protegida de pressões inflacionárias, dada sua exposição significativa ao segmento de distribuição.
Veja o portfólio completo abaixo:
Empresa | Ticker |
---|---|
Itaú | ITUB4 |
Petrobras | PETR4 |
Sabesp | SBSP3 |
Totvs | TOTS3 |
Copel | CPLE6 |
Raia Drogasil | RADL3 |
Lojas Renner | LREN3 |
Vale | VALE3 |
Ambev | ABEV3 |
Porto Seguro | PSSA3 |
Direcional | DIRR3 |
Mercado Livre | |
BRF | BRFS3 |
SmartFit | SMFT3 |
WEG | WEGE3 |