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14 ações para investir no primeiro ano do governo Lula 3, segundo o BTG

20 dez 2022, 14:50 - atualizado em 20 dez 2022, 14:50
Lula
Localiza foi adicionada ao portfólio, segundo o BTG, por se beneficiar da fusão com a Unidas. (Imagem: REUTERS/Adriano Machado)

Reabertura da economia chinesa, preços globais do petróleo em alta e Selic elevada. Esses são os principais “temas'” que guiam o BTG Pactual na escolha de ações recomendadas para 2023, primeiro ano do governo Lula 3.

A estratégia adotada pelo banco seria a opção a diante da perspectiva de expansão fiscal no Brasil com o novo governo e um início de ano “desafiador” para as ações brasileiras, segundo relatório assinado por  Carlos Sequeira e equipe.

Alguns dos papéis preferidos do banco são Vale (VALE3), Prio (PRIO3), Itaú Unibanco (ITUB4), BB Seguridade (BBSE3), Raia Drogasil (RADL3) e Assaí (ASAI3).

O BTG também cita Equatorial (EQTL3), Eletrobras (ELET3), Raízen (RAIZ4), WEG (WEGE3), Minerva (BEEF3), Sabesp (SBSP3), Arezzo (ARZZ3) e Localiza (RENT3).

Por que VALE3 e PRIO3

Para aproveitar a esperada reabertura da China, após um longo período de medidas altamente restritivas para evitar a propagação da Covid, o BTG aponta que a Vale é o melhor veículo.

“Esperamos que a reabertura da China forneça suporte aos preços do petróleo globalmente, o que pode ser ajudado pelas expectativas de que os EUA possam interromper a venda de suas reservas estratégicas de petróleo”, disse.

A empresa júnior de óleo e gás Prio (PRIO3) seria a opção para surfar o petróleo em alta, disseram os analistas, embora destaquem que a Petrobras (PETR4) deveria ser a escolha natural do setor.

“A incerteza sobre como a empresa será gerida pelo novo governo faz com que evitemos o nome por enquanto, mesmo que ela seja negociada a avaliações extremamente atraentes – 2x 2023E EV/Ebitda”, afirmaram.

Bancos e varejo

Ações do setor financeiro, como bancos e seguradoras, estão entre as poucas que se saem relativamente bem em um cenário de Selic em alta, disse o BTG.

“Teríamos um grande banco de varejo, o Itaú Unibanco (ITUB4), e uma seguradora, BB Seguridade (BBSE3), na carteira para capturar essa oportunidade”, disseram os analistas.

Altas taxas de juros e atividade econômica lenta devem impactar o consumo no Brasil em 2023, mas o BTG disse que segue gostando de varejistas expostas a grupos de alta renda e citou Arezzo (ARZZ3).

“Mas neste momento favorecemos as varejistas de alimentos, sendo Assaí (ASAI3) nossa principal escolha, e nomes mais resilientes como a rede de drogarias Raia Drogasil (RADL3)”, disse.

Ações ‘previsíveis’

BTG Pactual optou por manter no portfólio de recomendações para 2023 as utilities, argumentando que as empresas do setor têm previsibilidade e resiliência, “principalmente em momentos voláteis”.

Analistas do banco disseram que a taxa interna de retorno de algumas ações ainda têm um prêmio de risco “interessante”. “No setor, nossas principais escolhas são Eletrobras (ELET3) e Equatorial (EQTL3)”, afirmou.

“Também gostamos da Sabesp (SBSP3), pois o novo governo de São Paulo já manifestou a intenção de privatizar a empresa estadual de água e esgoto”.

Volta da competitividade do etanol?

Para o BTG, ações do setor de açúcar e etanol podem ter desempenho superior ao mercado no início de 2023, caso o governo Lula não renove as isenções de impostos federais sobre vendas de combustíveis.

“Ainda não está claro para nós se o novo governo restabelecerá ou não os impostos federais sobre os combustíveis, mas dada a necessidade de receitas fiscais adicionais, há grandes chances de que os impostos sobre os combustíveis voltem”.

Caso isso ocorra, disseram os analistas, o etanol recuperaria a competitividade em relação à gasolina, beneficiando os produtores. Para aproveitar esse movimento, a ação da Raízen seria uma opção, segundo o banco.

Diversificação

A WEG é a melhor ação do ramo industrial para o BTG. A empresa, destacou, gera mais da metade de sua receita fora do Brasil. “As avaliações não são baratas – na verdade, ela é negociada com um pequeno prêmio para os pares globais -, mas a empresa cresce relativamente rápido”.

Os analistas adicionaram ainda exposição à carne brasileira para “aumentar a diversificação do portfólio e trazer novos temas”.

“Gostamos do Minerva porque o ciclo do gado no Brasil, seu principal mercado, está em recuperação, enquanto mais disponibilidade de gado geralmente significa melhores margens para os frigoríficos”, disseram. Também há uma demanda forte e crescente por carne bovina brasileira globalmente, avaliaram os analistas.

Já a Localiza foi adicionada ao portfólio, segundo o BTG, por se beneficiar da fusão com a Unidas e melhores condições para a renovação de sua frota.

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Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em mercado financeiro. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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