10 fundos imobiliários de papéis para ter agora, deixando IFIX no atraso
Os fundos imobiliários do segmento de recebíveis, também conhecidos como FIIs de “papel”, são os mais representativos na indústria. E, segundo o Santander Brasil (SANB11), o segmento tem apresentado uma interessante relação risco x retorno aos investidores.
O relatório, ao qual o Money Times teve acesso, aborda FIIs de papel que investem em CRIs (Certificados de Recebíveis Imobiliários), correspondendo ao mais representativo dentre todos os setores do IFIX, com 34% de peso.
“O mercado de CRIs tem apresentando um crescimento mais significativo ao longo dos últimos 10 anos, sobretudo com a modernização e incentivos do mercado de securitização no Brasil“, explicam os analistas Felipe Vaz Moreira e Flavio Pires.
A dupla do Santander destaca que, em maio de 2021, o saldo de CRIs superou a marca de R$ 86,3 bilhões, segundo dados divulgados pela B3 (B3SA3), tendo um crescimento consistente ao longo dos últimos 10 anos.
É interessante notar que houve uma mudança do perfil dos investidores das ofertas de CRIs distribuídas nos últimos dois anos.
Segundo dados da ANBIMA, 82% da captação nas ofertas de 2019 se deram por investidores Pessoas Físicas e os Fundos de Investimento, correspondendo a respectivamente a 25,4% e 56,3% do volume tanto em emissões voltadas a investidores em geral, quanto em ofertas restritas à investidores profissionais.
“Nossa avaliação é que a lógica do investidor procurar expor-se aos CRIs de uma forma mais diversificada faz sentido, pois ao invés de estar alocado em somente um CRI, consegue investir em uma “cesta” mais diversificada de títulos que fazem parte das carteiras dos FIIs”, complementam os autores do relatório.
Performance arrojada
A performance do segmento nos últimos tempos, incluindo o período desafiador da pandemia da Covid-19, também mostrou que o segmento foi bastante “defensivo”.
No acumulado de 2020, foi o único que ficou no campo positivo, subindo +1,71% (o IFIX, índice de referência para os FIIs, caiu 10,24% no mesmo intervalo).
E neste ano, os FIIs de papel seguem a mesma trajetória, acumulando uma alta de 4,27%.
É claro que o mercado em geral monitora uma possível tributação de dividendos, presente na proposta de reforma tributária de Paulo Guedes, que em algum pode afetar os rendimentos dos FIIs.
Porém, vale ressaltar, que o texto da reforma ainda está em estágio embrionário de discussão no Congresso, e mesmo com uma aprovação nas duas Casas (Câmara e Senado), as cotações dos fundos imobiliários seriam pressionadas para cima, compensando a potencial tributação de dividendos.
Veja a seguir 10 fundos imobiliários de papéis recomendados pelo Santander Brasil, com dividend yield (retorno) esperado em 12 meses:
Fundo Imobiliário (FII) | Código | Recomendação | Yield (%) |
---|---|---|---|
VBI CRI | CVBI11 | Compra | 9 |
CSHG Recebíveis Imobiliários | HGCR11 | Compra | 7,3 |
Kinea Rendimentos Imobiliários | KNCR11 | Compra | 6 |
Kinea High Yield | KNHY11 | Compra | 10 |
Kinea Índice de Preços | KNIP11 | Compra | 9 |
Mauá Capital Recebíveis Imobiliários | MCCI11 | Compra | 7,5 |
Maxi Renda | MXRF11 | Compra | 7,5 |
RBR Rendimento High Grade | RBRR11 | Compra | 7,5 |
Santander Papéis Imobiliários | SADI11 | Compra | 5,5 |
XP Crédito Imobiliário | XPCI11 | Compra | 9 |