Carteira Recomendada

10 ações para investir após máxima história do IBOV e provável alta da Selic no radar, segundo Empiricus Research

02 set 2024, 10:08 - atualizado em 02 set 2024, 10:08
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Empiricus Research promoveu duas mudanças em carteira recomendada de ações para setembro (Imagem: Freepik)

Empiricus Research promoveu duas mudanças apontadas como um “ajuste tático” em sua carteira recomendada de ações para o mês de setembro. A casa retirou as ações de Intelbras (INTB3) para dar lugar a Eletrobras (ELET6) e reduziu o peso de Cosan (CSAN3) para elevar o de Prio (PRIO3).

A analista Larissa Quaresma, que assina o relatório, comenta que a participação de Prio na carteira foi para 15%, aproveitando a desvalorização de 2,5% da petroleira em agosto, enquanto Cosan ficou com 10%.

Além da nova integrante, o portfólio conta com Iguatemi (IGTI11), Localiza (RENT3),Cosan (CSAN3), Equatorial (EQTL3), Itaú (ITUB4), Direcional (DIRR3), Stone (STOC31), Prio (PRIO3) e Grupo SBF (SBFG3).

“Estamos ainda mais restritivos em relação à alavancagem financeira, diante da provável alta da Selic em setembro. A carteira manterá predominância de ações ligadas à economia doméstica, que seguem baratas e capturam a queda de juros no exterior”, comenta a analista.

Em agosto, a carteira teve uma alta de 3,7%, ante avanço 6,5% do Ibovespa (IBOV) e 4,5% do Bovespa Small Caps.

A alta do portfólio foi puxada por Grupo SBF (+14,4%) e Itaú (+8,4%), que divulgaram bons resultados referentes ao segundo trimestre de 2024. Na ponta negativa, Localiza recuou 5,6% e Prio caiu 2,5%.

Quaresma destaca que, em agosto o Ibovespa renovou sua máxima histórica, agora de 137 mil pontos, ajudado pelo ambiente externo. Ainda, comenta que se tornou um consenso a flexibilização monetária gradual nos Estados Unidos a partir de setembro, um cenário benigno para bolsas emergentes, incluindo a brasileira, que recebeu R$ 9 bilhões de estrangeiros em agosto.

A Empiricus Research enxerga a bolsa ainda barata, o que justifica a visão construtiva para as ações, especialmente diante dos seguintes gatilhos:

  • Materialização do corte de juros nos EUA;
  • Construção gradual da credibilidade da nova gestão do Banco Central, agora formalmente indicada; e
  • Adequação do fiscal brasileiro, ainda que marginal.

O que esperar de setembro

A analista Larissa Quaresma destaca que o principal gatilho para alta mais vigorosa da bolsa brasileira é o corte de juros nos EUA, que foi praticamente cravado pelo presidente do Federal Reserve no Simpósio Anual de Jackson Hole.

Em uma Super Quarta, no mesmo dia da decisão nos EUA, ocorrerá a do Brasil, que deve ser de um aumento na taxa Selic.

Enquanto uma alta de juros representa um aumento de custo de capital, a analista defende que um ciclo de alta breve e pequeno não fará tanta diferença para as ações. Primeiro, porque a reafirmação da credibilidade do BC pode queimar prêmios na ponta longa da curva de juros. Além disso, a economia brasileira tem surpreendido para cima, suportando os lucros corporativos. Por fim, afirma que meio ponto percentual a mais na Selic não deveria fazer grande efeito nos lucros.

“Aqui, entretanto, a diferença entre o remédio e o veneno está na dose; por isso, mantemos a preferência por empresas de balanço saudável, alta rentabilidade e que estejam em um bom momento operacional”.

Neste sentido, a casa optou por incluir Eletrobras, uma ação de perfil mais defensivo, após a máxima histórica do Ibovespa. Além da rotação setorial, Quaresma afirma que o fundamento da elétrica justifica o movimento, em função do seu processo de turnaround que já rende frutos.

Veja as ações recomendadas pela Empiricus para setembro

Empresa Ticker Peso
Cosan CSAN3 10%
Equatorial EQTL3 15%
Itaú ITUB4 15%
Localiza RENT3 5%
Iguatemi IGTI11 15%
Eletrobras ELET6 5%
Direcional DIRR3 10%
StoneCo STOC31 5%
Prio PRIO3 15%
Grupo SBF SBFG3 5%

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Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Ingressou no Money Times em 2022 e cobre empresas.
lorena.matos@moneytimes.com.br
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