0,75 pp ou 1 pp? As apostas do mercado para a Selic na última reunião do Copom de 2024, segundo pesquisa do BTG
As expectativas para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana estão elevadas. A pesquisa pré-Copom do BTG Pactual — realizada entre os dias 2 a 5 de dezembro — mostra que 78% do mercado julga que o comitê elevará a Selic em 0,75 ponto percentual (p.p.), a 12% ao ano.
Uma alta de 1 p.p. é antevista por cerca de 15% dos participantes e os demais 7% preveem uma alta de apenas 0,50 p.p.
O resultado da pesquisa, no entanto, vai à contramão do que mostram as opções de Copom nesta terça-feira (10). A aposta na alta de 1 p.p. na taxa valia R$ 60,50, enquanto a de 0,75 p.p. era cotada a R$ 28 — quanto maior o preço, maior a aposta.
Sobre a comunicação, cerca de 54% dos pesquisados pelo BTG acreditam que os diretores não irão conferir indicação de seus futuros passos. Outro grupo relevante, de 24%, acredita que eles indicarão que o movimento de 0,75 p.p. deve se repetir na próxima reunião.
Já quando a pergunta se refere ao que deveria ser comunicado, há uma inversão, com 31% preferindo um comunicado que indique que esse deve ser o movimento da próxima reunião e 28% optando não dar orientação futura. No segundo caso, a comunicação de que o comitê deveria elevar a taxa em 1 p.p. ganha apoio de quase 30% dos participantes.
Vale destacar também que a pesquisa indica que a maioria dos participantes (77%) mudou as projeções para a Selic após o anúncio do pacote fiscal do governo no final do mês passado.
A Selic em 2025
Em relação ao nível da Selic em 2025, a maioria dos participantes da pesquisa do BTG vê a taxa encerrando o ano entre 14% e 14,75% (46%). Cerca de 21% projeta os juros entre 13% e 13,75% e uma parcela de 19% espera o patamar de 12% a 12,75%.
No começo do ano, novas altas na Selic são unanimidades. Na reunião de janeiro, 61% antevê uma nova elevação de 0,75 p.p e, em março e maio, há predomínio da aposta em uma alta de 0,50 p.p.
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A partir de junho há maior dispersão na visão dos participantes.
A respeito do risco de corte de juros no segundo semestre de 2025, a ampla maioria (76%) julga que a chance de a Selic cair é “muito baixa” ou “baixa”.