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Vale está fazendo o “dever de casa” para reparar erros ambientais, afirma BTG

06 out 2020, 21:28 - atualizado em 07 out 2020, 1:29
Brumadinho
A percepção dos analistas é de que a empresa está na direção certa para construir um caminho mais seguro e confiável (Imagem: Divulgação/Corpo de Bombeiros de Minas Gerais)

Em um momento em que o ESG (Governança Ambiental, Social e Corporativa, em português) ganha força entre os investidores, a Vale (VALE3) se esforça para reparar os danos dos desastres ambientais provocados pelas suas operações.

A equipe do BTG conversou com o time de gerenciamento da empresa para falar sobre esse assunto.

“Louvamos a humildade da Vale para aprender com erros anteriores e remodelar a empresa para o futuro”, afirmaram os analistas Leonardo Correa e Caio Greiner.

De acordo com eles, embora os desastre de Mariana e Brumadinho demorem para serem superados, a percepção é de que a empresa está na direção certa para construir um caminho mais seguro e confiável.

Reparação de Brumadinho

Durante a reunião, a Vale informou que segue focada em encontrar as 11 vítimas desaparecidas no desastre e reparar o meio ambiente.

Segundo informou a mineradora, essa iniciativa envolve a remoção de um total de 9,7 milhões de metros cúbicos de rejeitos até 2023 (1,6 milhão já removidos), e outras medidas, como o processo de limpeza do rio Paraopeba.

“A Vale tem dado suporte constante para aqueles impactados pela tragédia, mantendo um diálogo permanente e ouvindo a agenda local – no total, cerca de 11 mil interações de assistência social já foram realizadas”, disse a dupla.

A companhia espera reparar totalmente os danos até 2025.

Três pilares guiam a redução de riscos da empresa: o retorno dos dividendos, a forte recuperação dos volumes e a melhora do ESG (Imagem: Divulgação/CSN)

Empresa continua barata

Para o BTG, a Vale está barata em relação aos concorrentes australianos, com desconto de 35% a 40%.

Ainda segundo o banco, três pilares guiam a redução de riscos da empresa: o retorno dos dividendos, a forte recuperação dos volumes e a melhora do ESG.

“Vemos a negociação de ações em 3,5 vezes o Ebtida (resultado operacional) e reiteramos nossa compra na Vale, pois ainda vemos o lado positivo, mesmo punindo o estoque de vários ângulos”, afirmam.

Minério de ferro em alta

Em outro relatório, o BTG destaca o trimestre quase perfeito para o minério de ferro. O real fraco ante o dólar, os volumes crescentes da produção e a recuperação dos preços levaram os analistas a rasgarem elogios ao setor.

Com o título “é hora do aço”, o banco acredita que esse é um dos melhores momentos da commoditie nos últimos anos.

“Inegavelmente, os principais vencedores no semestre foram os aços e a Vale, com um crescimento significativo da linha superior superando até mesmo as expectativas mais otimistas”, afirmam Leonardo Corea e Caio Greiner.