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Petrobras (PETR4): Dados de produção mudam o jogo para os dividendos?

30 jul 2024, 12:38 - atualizado em 30 jul 2024, 12:41
(Imagem: Agência Petrobras)
Taxa de utilização das refinarias da empresa diminuiu 1 pp no trimestre, para 91%. (Imagem: Agência Petrobras)

Os dados de produção divulgados na véspera pela Petrobras (PETR4) pouco mudam a avaliação dos analistas sobre a companhia. Isso porque a Agência Nacional de Petróleo (ANP) reporta mensalmente os números do setor.

O mercado segue esperando forte pagamento de dividendos, mas com uma crescente incerteza a respeitos dos investimentos que a estatal pretende fazer. Na segunda-feira (29), as ações da Petrobras caíram 2% com uma eventual oferta da estatal por um bloco de exploração da Galp, na Namíbia.

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O Goldman Sachs afirma que esse caso e a reaquisição da refinaria Rlam podem reduzir os dividendos da Petrobras até o primeiro trimestre de 2025. No entanto, o banco destaca que vê espaço para duas parcelas de proventos de até US$ 2,7 bilhões neste ano, além de um pagamento extraordinário de US$ 4 bilhões.

Para o BTG Pactual, o foco do investidores com o balanço do segundo trimestre, a ser divulgado no dia 8, provavelmente estará no capex orgânico da Petrobras. O banco prevê Ebitda ajustado de US$ 12,2 bilhões (-1,5% t/t) e dividendos de US$ 2,9 bilhões.

“Apesar de uma evolução de +4% tri/tri nos preços do Brent e de uma desvalorização do real de 5%, esperamos que uma produção menor, juntamente com spreads menores de refino e descontos mais elevados vs. IPP (paridade de preço de importação), resultem em um desempenho global mais fraco”, afirmou a instituição.



O que foi destaque no relatório

O Bradesco BBI sublinhou que a produção total de Óleo & Gás (O&G) da Petrobras diminuiu para 2.699 mil barris por dia (kbpd), um declínio trimestral de 2,8%, devido à menor produção somente de petróleo de 2,156 milhões de barris por dia (queda no trimestre de 3,6%).

A queda é explicada principalmente por um maior número de paradas e manutenções programadas, bem como por intervenções não programadas em campos do pré-sal e do pós-sal, parcialmente atenuadas pelo avanço da utilização do FPSO Sepetiba no campo de Mero e por dois novos poços em projetos complementares na bacia de Campos.

Considerando as manutenções programadas em várias refinarias, a taxa de utilização das refinarias da empresa diminuiu 1 pp no trimestre, para 91%. “Isso explica a redução de 0,5% no trimestre no volume refinado, principalmente QAV (queda trimestral de 9,8%), Nafta (-13%) e Óleo Combustível (-12,2%), que foi compensada pela maior produção de gasolina (+6,6%), enquanto a produção de diesel permaneceu estável no período”, lembra o BBI.

O volume de vendas no mercado doméstico aumentou 3,2%, devido ao aumento das vendas de diesel e GLP, em função da maior atividade econômica do que no primeiro trimestre do ano e das temperaturas mais baixas nos principais centros consumidores do Brasil. Além disso, as vendas de gasolina aumentaram 1,6% como resultado de uma paridade mais favorável para a gasolina do que para o etanol.

As exportações líquidas totalizaram 547 kbpd, aumento trimestral de 8,5%, uma vez que as importações de diesel e gasolina diminuíram 57,5% e 56%, respectivamente, durante o trimestre, devido ao acúmulo de estoques do trimestre anterior, enquanto as exportações ficaram estáveis em 851 kbpd.

 

Editor
Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
kaype.abreu@moneytimes.com.br
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Jornalista formado pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), com MBA em finanças pela Estácio. Colaborou com revista Veja, Estadão, entre outros.
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