Mercados

Ibovespa (IBOV) abre de lado, com inflação e ata do Copom no radar: 5 coisas para saber antes de investir hoje (25)

25 mar 2024, 10:12 - atualizado em 25 mar 2024, 13:27
ibovespa
Reta final da temporada de balanços e outros assuntos podem mexer com o Ibovespa nesta segunda-feira (25) (Imagem: REUTERS/Amanda Perobelli)

Ibovespa (IBOV) abriu o pregão desta segunda-feira (25) de lado, avançando 0,01%, a 127.045 pontos, por volta das 10h05. Nos primeiros minutos de pregão, o índice apresentava oscilação entre alta e baixa.

Na última sexta-feira (22), o índice fechou a semana em baixa, tendo mais um dia em que o mercado não encontrou forças para sustentar o movimento de alta impulsionado pela Super Quarta.

Esta semana será mais curta, devido ao feriado de Páscoa na sexta-feira (29). O IPCA-15 e ata do Copom, que serão divulgados amanhã, estão no radar dos investidores.



O dólar tinha pouca alteração frente ao real na manhã desta segunda, conforme investidores voltavam seu foco para falas de dirigentes do Federal Reserve e dados de inflação norte-americanos para obter mais pistas sobre um eventual afrouxamento monetário nos Estados Unidos.

Day Trade:

Radar do Mercado:

5 assuntos que podem mexer com o Ibovespa nesta segunda (25)

Última semana da temporada de balanços

A temporada de balanços do quarto trimestre de 2023 (4T23) está chegando ao fim. Nessa reta final, mais de 20 companhias irão divulgar seus números, entre elas estão Azul (AZUL4), Gol (GOLL4), Gafisa (GFSA3), Rede D’Or (RDOR3), Hapvida (HAPV3)  eSimpar (SIMH3).

Além delas, os frigoríficos JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) compartilham seus números com o mercado, que devem ser gradualmente melhores, segundo a Genial Investimentos.

Inflação e Super Quarta no radar

Apesar de a semana iniciar com agenda esvaziada e com feriado em plena sexta-feira, está no radar dos investidores a prévia da inflação aqui no Brasil, com a divulgação do IPCA-15 na terça-feira (26), além da Ata da última reunião do Copom.

O analista Matheus Spiess, da Empiricus Research, aponta que esse documento irá esclarecer os rumos futuros da política monetária determinados pelo Banco Central, o que deve ser rigorosamente avaliado pelos agentes de mercado.

Ele relembra que na reunião da semana passada, o BC decidiu por uma diminuição da taxa Selic em 50 pontos-base e, adicionalmente, escolheu uma via mais adaptável para futuras decisões, ajustando sua comunicação ao retirar o plural do “forward guidance“.

“Tal ajuste, embora não elimine completamente a chance de mais reduções de 50 pontos na taxa após maio, sugere uma expectativa moderada. Elementos adicionais, como o IPCA-15 desta terça-feira e o Relatório Trimestral de Inflação na quinta, desempenharão um papel crucial, refinando as projeções para a Selic terminal, que pessoalmente ainda prevejo em 9%”, avalia Spiess.

Inflação pode abalar confiança do mercado

A semana é mais curta graças ao feriado de Páscoa. No entanto, isso não significa que o mercado não corre o risco de passar por grandes emoções.

Na sexta-feira (29), será divulgado o Índice de Despesas de Consumo Pessoal (PCE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos — o indicador de inflação mais importante para o Federal Reserve. Dependendo de como vierem os dados, os investidores podem se animar com um corte nos juros cada vez mais próximo ou começarem a recalcular as apostas.

Embora o discurso de Jerome Powell, na semana passada, tenha sido avaliado de forma positiva, o presidente do Fed relembrou que as decisões estão sendo tomadas em cada reunião, com base na economia.

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Nelson Kaufman renuncia como CEO da Vivara (VIVA3)

Vivara (VIVA3) comunicou que o conselho de administração da companhia decidiu que o fundador e principal acionista da empresa, Nelson Kaufman, passará a desempenhar a função de presidente do colegiado. Em razão disso, ele renunciou ao cargo de diretor presidente da rede de joalherias.

O conselho elegeu para o cargo de CEO o executivo Otavio Chacon do Amaral Lyra, que continuará a exercer, interinamente, a função de diretor financeiro e de relações com investidores da empresa.

Na avaliação do analista Fernando Siqueira, da Guide Investimentos, a notícia é positiva.

“A nomeação de Kaufman para CEO da Vivara foi bem mal-recebida, assim como seu discurso sobre a internacionalização da empresa. Não esperamos que a notícia reverta toda a queda das ações, dado que ainda muitas mudanças foram feitas nos últimos sete dias”, pondera.

Contudo, ele aponta ser provável que boa parte das mudanças anunciadas sejam desfeitas, principalmente com relação à estratégia da empresa e perfil da diretoria.

Fiscal começa a pesar para o mercado

Como o esperado, na sexta-feira (22), os ministérios da Fazenda Planejamento anunciaram um bloqueio de R$ 2,9 bilhões no Orçamento deste ano.

Segundo o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas primárias de 2024, o limite estabelecido pelo arcabouço fiscal (de não ampliar as despesas acima de 70% da projeção da inflação) foi o que motivou o bloqueio nas contas.

A princípio serão afetados gastos não obrigatórios dos ministérios, aqueles de investimentos e custeio do governo.

A notícia ruim é que a projeção é de um déficit de R$ 9,3 bilhões para 2024 — ficando fora da meta de zerar o déficit. Pelas contas, o governo precisa de R$ 168 bilhões para cumprir a meta.

Repórter
Formada em jornalismo pela Universidade Nove de Julho. Foi redatora na área de marketing digital por 2 anos e ingressou no Money Times em 2022.
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